A construção dos leitores nos discursos dos viajantes e missionarios
AUTOR(ES)
Jose Horta Nunes
DATA DE PUBLICAÇÃO
1992
RESUMO
Mostra-se a construção das posições dos leitores nos discursos dos viajantes e missionários franceses dos séculos XVI, XVII e XVIII. Discutem-se teorias da leitura a partir do ponto de vista da Análise de Discurso. São apontadas diferentes condições de produção de leitura na Europa e no Brasil: há diferentes histórias das leituras e dos sujeitos-leitores e, ao mesmo tempo, uma relação necessária entre elas. E mostrada a produção de efeitos de leitura face à configuração de regiões de saber e à constituição das memórias de leitura. O leitor europeu é caracterizado pelos efeitos de curiosidade, prolixidade, decentramento e cientificidade. O encontro do europeu com o índio fornece os traços simbólicos para a construção da posição do leitor brasileiro. Com foco nos discursos sobre o homem e sobre a natureza, analisam-se trajetos temáticos de leitura, indicando mudanças nos processos de tematização nas conjunturas do tráfico, da catequese e do estabelecimento das cidades. O leitor brasileiro se constitui no interior de uma contradição que o sustente frente ao leitor europeu e que marca a construção de sua posição no discurso
ASSUNTO(S)
leitura analise do discurso literario linguistica
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000042691Documentos Relacionados
- Sobre Burton e a construção dos discursos europeus sobre os africanos
- O Brasil nos relatos de viajantes ingleses do século XVIII: produção de discursos sobre o Novo Mundo
- Modelagem matemática e as tensões nos discursos dos professores.
- A importancia dos discursos políticos para a construção da Região de Guarapuava-PR
- Narrativas e imagens dos viajantes alemães no Brasil do século XIX: a construção do imaginário sobre os povos indígenas, a história e a nação