2010-06

A passagem do "eu penso" ao "eu existo" em Jaakko Hintikka e em Jacques Lacan

Apesar de validar o cogito no ato da enunciação, o interesse que Lacan nele deposita se distancia da autoverificabilidade existencial da proposição "eu existo", tal como defendida por Jaako Hintikka. Embora ambos os autores assumam a necessidade de remeter o ato da representação a algo além do nível da representação (a qualificação performativa do cogito), se, para o primeiro, a força do argumento cartesiano concentra-se na proposição "eu existo", na medida que saberíamos a quem este "eu" encontrar-se-ia referido, para o psicanalista, essa é justamente a proposição ameaçada...

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  • Assuntos:

    • Lacan
    • Descartes
    • Hintikka
    • cogito
    • sujeito