Poesia E Verdade
Mostrando 1-12 de 36 artigos, teses e dissertações.
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1. Em virtude do muito desejar: a personagem Flora, do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, à luz do desejo mimético
Resumo Em estudo sobre as metáforas machadianas, Dirce Côrtes Riedel (1979) identifica, no capítulo LXXXIII de Esaú e Jacó, a presença de nove grandes paradoxos estruturantes do modo como é narrada a situação vivida por Flora, no decorrer de uma noite de insônia, em que sofre a angústia da cisão interna de seu desejo oscilante entre os irmãos Pa
Alea: Estudos Neolatinos. Publicado em: 2023
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2. Modulações em português de imagens, experiências e estesias orientais: revisão das razões do fascínio de alguma dicção poética chinesa e japonesa como utopia da poesia
Resumo O fascínio do Ocidente pela dicção poética oriental está atestado em várias latitudes e línguas, e resultou numa profícua produção na área da poesia. Sabe-se que a reinvenção da poesia chinesa da autoria de Pound, em grande medida na origem da sua proposta de revolução do idioma poético, nas primeiras décadas do séc. XX, assentou, na
Alea: Estudos Neolatinos. Publicado em: 2022
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3. “Uma geração pode continuar a outra”: João Cabral de Melo Neto e o modernismo
RESUMO Em artigo publicado em 1952, Sérgio Buarque de Holanda destacou o extremo intelectualismo da obra de João Cabral de Melo Neto. O crítico afirmou que sua “poesia mental” não cabia nos padrões modernistas e que nela, pela primeira vez no Brasil, o trabalho da inteligência ganhava posição privilegiada. A despeito da originalidade de sua poesi
Estudos Avançados. Publicado em: 2022
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4. Deus salve a rainha e evite engarrafamentos: textos de jornalismo cultural
“Muito se fala em “jornalismo literário”, como se a segunda condição tornasse a primeira mais nobre, e como se a primeira ajudasse a segunda a se tornar mais “popular”, coloquial. Não parece algo que tire o sono de Ademir Assunção: ele não concebe a escrita a partir de um cânone, de uma idealização, de uma vontade externa, mas de sua própria inquietação. Ele também não teme a verdade — e ele a busca em qualquer lugar, seja no morro com Bezerra da Silva, seja caminhando pelas ruas de Porto Alegre a bordo de Mário Quintana. Ademir também escreve ficção, e os pressupostos — não as ferramentas — são parecidos com os de seu jornalismo. Em janeiro de 2004, com Adorável criatura Frankenstein, esculachava os ritos de legitimação de ídolos, marqueteiros, intelectuais e modelos-atrizes-apresentadoras do circo midiático brasileiro. Ele parece crer que a literatura (e também o jornalismo) age no mundo, muda o mundo e não está aí para fixar ou cristalizar as convicções, mas para sacudi-las, abalá-las, estremecer a árvore dos fetiches. O poeta beatnik Gary Snyder disse, certa vez, que a poesia é como um grande corvo sentado num fio de alta tensão, entre dois postes. “Ninguém presta atenção nela, mas ela vê tudo.” O jornalismo cultural praticado pelo Ademir é como aquele corvo do Snyder. Está lá, em todos os fios, com seu olhar escrutador. Os farsantes vão ficando pelos meios fios. Assunção vai enchendo todos os fios.”
Autor(es): Assunção, Ademir
Editora UnB. Publicado em: 2021
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5. Prazer, esse sou ele (a autobiografia poético-política de André Luiz Pinto)
Resumo De dentro do eclipsamento da política, a poesia vem se fazendo um lugar de combate contra as totalidades e seus totalitarismos. Parto de uma das principais linhas de força da poesia contemporânea: poemas em que escritos autobiográficos se colocam como políticos através de fraturas que nos fazem pensar feridas, a um só tempo, familiares e comuni
Alea. Publicado em: 11/11/2019
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6. De minha vida: Poesia e verdade - sobre a literariedade da autobiografia de Goethe
resumo O presente artigo discute a relevância da autobiografia de Johann Wolfgang Goethe no cânone da literatura e da escrita do eu, analisando sua composição baseada nas ideias morfológicas do poeta e questionando abordagens mais recentes que aproximam o livro da (auto-)ficção. A discussão é norteada pelo conceito da literariedade e seus aspectos c
Estud. av.. Publicado em: 12/08/2019
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7. Uma confissão em fragmentos: Goethe, Fausto e o peregrino
resumo Goethe nos conta em Poesia e verdade que tudo o que escreveu seria “fragmentos de uma grande confissão”. Partindo das novas descobertas da filologia da edição, este ensaio busca explicitar que tal autoavaliação de Goethe se aplica antes de tudo ao seu trabalho no drama Fausto, que durou sua vida inteira. Da primeira publicação do texto em 1
Estud. av.. Publicado em: 12/08/2019
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8. Herberto Helder: lei da metamorfose, idioma e leitura contínua
Resumo O ensaio “Herberto Helder: lei da metamorfose, idioma e leitura contínua” investiga, a partir de alguns recortes da obra do poeta português, sobretudo dos livros Retrato em movimento, Photomaton e Vox, Apresentação do rosto e Os selos, questões atinentes a: 1 - leitura; 2 - espacialidade contínua, em que exterior e interior são uma só cois
Alea. Publicado em: 2019-04
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9. Os almotacéis do bom gosto: a boa poesia no Setecentos português, segundo ela mesma
RESUMO Para compreender a poesia árcade produzida em Portugal e na América portuguesa durante a segunda metade do século XVIII e as duas primeiras décadas do XIX, é indispensável conhecer alguns pressupostos que lhe foram contemporâneos, se se quer evitar o anacronismo. Entre esses pressupostos, objeto de intenso debate naquele tempo, está o de “bo
História. Publicado em: 08/02/2018
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10. O álbum poético em português e em espanhol: sinergia estética entre palavras e ilustrações
RESUMO Este estudo procurou problematizar a relação textual que se observa entre a palavra e a imagem em um tipo de texto especialmente concebido para crianças: o álbum poético. Para tal, utilizamos alguns exemplos textuais significativos desse subgênero literário/editorial ainda em emergência tanto em Portugal quanto na Espanha, e propusemos uma def
Rev. Bras. Educ.. Publicado em: 09/10/2017
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11. Para quê poetas?
A estreia do poeta brasileiro Érico Nogueira, O livro de Scardanelli, retoma a antiga questão das relações entre poesia e loucura, compondo um intenso jogo ficcional criado a partir do pseudônimo adotado por Hölderlin, tomado como interlocutor de um tocante diálogo, de alta elaboração estética, em torno condição humana.
Estud. av.. Publicado em: 2015-08
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12. Conhecimento, arte e formação na República de Platão
Neste trabalho, investiga-se qual a relação entre arte, formação e política na obra República, de Platão, e estuda-se de que modo os pressupostos gnosiológicos platônicos esclarecem as tensões nessa relação. Busca-se reconstruir os argumentos centrais de Platão que sustentam a sua crítica à educação mitopoética. Defende-se a hipótese de qu
Educ. Pesqui.. Publicado em: 2015-03