Workers’ perception of hazards on recycling sorting facilities in São Paulo, Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2019-03

RESUMO

Resumo O artigo discute pontos de vista, percepções, experiências, conhecimentos e comportamentos relacionados aos riscos ocupacionais entre os trabalhadores de reciclagem. Coleta de dados envolveu observação de campo e dois grupos focais em cada unidade. Narrativas foram gravadas, transcritas e analisadas por temas. Resultados são apresentados de acordo com os seguintes tópicos: valor econômico e ambiental da reciclagem; aspectos do sistema cooperativista; riscos ocupacionais e sugestões de melhorias. Programas municipais de coleta seletiva, tal como implantados na maioria dos municípios brasileiros, ainda precisam de melhorias para atingir suas metas e objetivos. Aprendemos que a organização de trabalhadores da reciclagem em cooperativas, apesar de sua ampla aceitação como um substituto para a coleta de lixo informal nas ruas e aterros, trouxe pouco progresso em relação à segurança e qualidade de vida dos cooperados. Os trabalhadores notaram a existência de riscos no local de trabalho, mas parecem resignados com a situação, consideram como parte do trabalho e não comunicam as suas necessidades aos supervisores. Eles ignoraram a existência de algumas medidas para evitar riscos e, por vezes, até criam práticas de trabalho e alternativas que colocam em perigo a própria saúde.Abstract The paper discusses views, perceptions, experiences, knowledge and behaviors related to occupational risks among recycling workers. Data collection involved field observation and two focus groups in each site. Narratives were recorded, transcribed, and analyzed for themes. Findings are presented according to the following topics: economic and environmental value of recycling; aspects of employment in the cooperative system; occupational hazards; and suggestions of improvements. Municipal programs of selective collection, as implemented in most Brazilian municipalities, still need improvements to achieve their goals and objectives. We learned that organizing recycling workers in cooperatives, despite its broad acceptance as a replacement to informal garbage collection in streets and landfills, only brought small progress regarding the safety and quality of life of cooperative workers. Recycling workers noticed the existence of workplace hazards, but seemed resigned to the situation, considered them as part of the job and did not communicate their needs to supervisors. They ignored the existence of some measures to prevent hazards and sometimes even created work practices and alternatives that endangered their own health.

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