Vulnerabilidade e percepção de saúde auto-referida entre fumantes leves e pesados: a relação com mensagens anti-fumo voltadas para o apelo ao medo imediato

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-07

RESUMO

É importante incentivar os fumantes a adquirir algum nível de percepção do risco associado ao seu comportamento atual, para motivá-los a parar de fumar. O artigo procura elucidar em que medida o conteúdo do apelo ao medo imediato contido em mensagens anti-fumo nas campanhas governamentais pode interagir com o consumo diário de cigarros, no sentido de afetar as vulnerabilidades dos fumantes, expressas pela percepção de saúde auto-referida. Um modelo de Poisson foi utilizado para estimar a razão de prevalências de percepção de saúde auto-referida regular ou ruim, segundo consumo diário de cigarros. Calculou-se também a proporção de fumantes que afirmou que mensagens anti-fumo impressas em maços de cigarros incentivam as pessoas a para de fumar, estratificada por percepção de saúde auto-referida e consumo diário de cigarros. A proporção de fumantes com percepção de saúde auto-referida regular ou ruim foi 25% maior entre aqueles que fumavam > 20 cigarros/dia (p = 0,01). Entre fumantes com percepção de saúde auto-referida regular ou ruim, os fumantes pesados apresentaram as proporções mais elevadas de respostas em favor das mensagens anti-fumo mais identificadas com perdas na vida cotidiana, como falta de fôlego e sentir-se incomodado pela própria dependência em relação ao cigarro. Mensagens anti-fumo voltadas para perdas em curto prazo parecem ter aumentado a conscientização dos fumantes mais pesados em relação à sua própria vulnerabilidade.

ASSUNTO(S)

abandono do hábito de fumar campanhas para o controle do tabagismo medição de risco

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