Vozes, labirintos, alegorias: Mar Paraguayo, de Wilson Bueno

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo demonstrar como a polifonia se faz presente em Mar paraguayo (1992), de Wilson Bueno. A polifonia destaca as vozes culturais existentes no continente latino-americano ultrapassando as fronteiras de Guaratuba, cidade onde é ambientada a narrativa. A polifonia se evidencia principalmente porque a narradora é uma índia velha que deixou as suas origens em terras paraguaias e vive, no presente da narrativa, em Guaratuba, cidade turística paranaense e se comunica em portugues, espanhol e guarani ou, em alguns momentos mescla o seu discurso com partes de cada um deles. Ultrapassando todas as barreiras impostas pela norma, Wilson Bueno faz avançar a prosa em direção à poesia, hibrida as línguas em uso e quase em desuso, resgata línguas em desuso organizando um discurso polifonico sustentado por um jogo de palavras que pretende apenas destacar como as línguas e culturas dialogam livres de imposições, normas ou fronteiras. O discurso narrativo acrescenta poucas informações desde suas páginas iniciais: a Marafona do Balneário encontra-se solitária e é movida pelas recordações da existência de um amante a quem se refere por "el viejo".

ASSUNTO(S)

mar paraguayo linguistic and cultural polyphony wilson bueno polifonia lingüística e cultural hibridação cultural cultural hybridization letras

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