Visão sobre a escravidão nos tratados médicos dedicados às doenças dos escravos no império colonial português: o caso do Brasil entre 1735 e 1801
AUTOR(ES)
Eugenio, Alisson
FONTE
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DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
Resumo: Este artigo tem por objetivo comparar a visão sobre a escravidão em dois livros médicos, que circularam no Brasil colonial, sobre doenças de escravos (um escrito e o outro traduzido por cirurgiões que atuaram em Minas Gerais). O primeiro deles é o tratado médico de Luís Gomes Ferreira, Erário mineral, publicado em Lisboa no ano de 1735. O segundo é a tradução feita em 1801 por Antônio Vieira de Carvalho do manual médico Observações sobre enfermidades dos negros, publicado em Paris em 1776. Ao compará-los será mostrado: 1) que eles são indicadores das maneiras como as relações de produção escravistas foram percebidas na capitania mais rica e urbanizada da América portuguesa em épocas distintas de sua experiência histórica; 2) que houve mudanças significativas entre eles em relação à forma, ao suporte ideológico e ao conteúdo do modo de ver o mundo do cativeiro.
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