Violência física entre parceiros íntimos e baixo peso ao nascer em recém nascidos atendidos em unidades básicas de saúde da cidade do Rio de Janeiro
AUTOR(ES)
MEZZAVILLA, Raquel de Souza, HASSELMANN, Maria Helena
FONTE
Rev. Nutr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-06
RESUMO
RESUMO Objetivo Investigar a associação da violência física entre parceiros íntimos e a ocorrência de baixo peso ao nascer. Métodos Estudo seccional com 604 crianças com cerca de 30 dias que compareceram a quatro unidades de saúde do município do Rio de Janeiro, Brasil, para realização da segunda dose da vacina contra hepatite B. Crianças nascidas com peso inferior a 2,500 g foram consideradas baixo peso. Informações referentes à violência física entre parceiros íntimos foram obtidas por meio da versão em português do instrumento Conflict Tactics Scale. O período de tempo investigado referiu-se aos 12 meses anteriores à entrevista. A violência física entre parceiros íntimos foi analisada de maneira dicotômica e cumulativa. As associações entre violência física entre parceiros íntimos e baixo peso ao nascer foram verificadas via modelos de regressão logística, mediante estimativas de razões de chances brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de 95% de confiança. Resultados Nasceram com baixo peso 7,1% das crianças e foram expostas à violência física entre parceiros íntimos 33,6% das mulheres estudadas. A violência física entre parceiros íntimos foi significativamente associada com o baixo peso ao nascer (OR=3,69; IC95%=1,57-8,66). Destaca-se que à medida que a gravidade da violência cresce, aumentam também as chances de ocorrência para o baixo peso ao nascer. Conclusão Esses achados chamam a atenção para as consequências da violência física entre parceiros íntimos no estado nutricional do recém nato, e apontam para necessidade de maior atenção durante os cuidados do pré-natal, visando à melhoria da qualidade de vida da mulher assim como à diminuição de nascimentos de baixo peso.
ASSUNTO(S)
peso ao nascer nutrição maus-tratos conjugais violência .
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