Violência contra a mulher: características das lesões de cabeça e pescoço

AUTOR(ES)
FONTE

RGO, Rev. Gaúch. Odontol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

RESUMO Objetivo: O presente trabalho buscou levantar as características das agressões em regiões de cabeça e pescoço sofridas por mulheres vítimas de violência de gênero e analisar a variação do número de casos antes e depois da promulgação da Lei Maria da Penha. Métodos: Foi realizado um levantamento nos registros dos exames de lesão corporal realizados no Departamento Médico Legal de Vitória, Espírito Santo. Foram incluídas mulheres vítimas de lesões corporais, encaminhadas em decorrência de violência doméstica, familiar ou conjugal com idade entre 11 e 80 anos. Resultados: A quantidade de casos analisados nesse estudo exibiu uma oscilação durante os anos estudados. Os resultados revelam que a mulher vitimizada é, na maior parte dos casos, jovem, numa faixa etária entre 20 e 30 anos e solteira, e não trabalha fora de casa. O companheiro ou marido da vítima foi o principal agressor, utilizando principalmente segmentos do corpo, como mãos e pés, como meio de agressão. As lesões craniofaciais mais encontradas foram equimose e escoriação, mais frequentes nas regiões orbitária, cervical e frontal. Conclusão: As características relacionadas à violência contra a mulher obtidas pelo trabalho têm grande importância e devem ser evidenciadas e divulgadas, a fim de que políticas públicas sejam implantadas e ações práticas de acolhimento e reconhecimento desse tipo de violência sejam tomadas, incluindo a inserção do Odontolegista no quadro de peritos de todos os Institutos Médicos Legais do país.

ASSUNTO(S)

violência doméstica prova pericial traumatismos faciais odontologia legal violência contra a mulher.

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