Vigilância pós-alta das infecções de sítio cirúrgico em crianças e adolescentes em um hospital universitário de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-05

RESUMO

As infecções hospitalares são as principais complicações na prática cirúrgica e, dentre estas, as infecções de sítio cirúrgico são as mais freqüentes. Apesar dessas infecções poderem se manifestar após a alta, no Brasil, a maioria dos serviços não faz vigilância pós-alta. Para avaliar a importância dessa vigilância e o perfil das infecções em crianças e adolescentes, acompanhou-se uma coorte de 730 pacientes cirúrgicos de um hospital universitário de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, de 1999 a 2001. Calculou-se a incidência acumulada, aplicou-se o teste t de Student na comparação de médias e o método de Kaplan-Meier na análise do tempo de ocorrência das infecções; considerou-se significativo o valor p < 0,05. Foram diagnosticadas 87 infecções de sítio cirúrgico na coorte estudada, sendo 37% após a alta hospitalar. A taxa de incidência de infecções de sítio cirúrgico foi de 11,9%; mas seria apenas de 7,5% sem o controle pós-alta. Verificou-se no grupo dos pacientes com infecções identificadas após a alta uma média de aparecimento das infecções de 11,3 ± 6,4 dias; que os tempos de permanência pré e pós-operatórios foram significativamente menores em relação aos pacientes com infecções intra-hospitalares. O estudo indica que a vigilância pós-alta é importante para se conhecer a real incidência das infecções de sítio cirúrgico.

ASSUNTO(S)

infecção hospitalar cirurgia pediatria avaliação em saúde

Documentos Relacionados