Viabilidade de um protocolo de samba brasileiro em pacientes com doença de Parkinson: ensaio clínico não-randomizado
AUTOR(ES)
TILLMANN, Ana Cristina; SWAROWSKY, Alessandra; CORRÊA, Clynton Lourenço; ANDRADE, Alexandro; MORATELLI, Jéssica; BOING, Leonessa; VIEIRA, Melissa de Carvalho Souza; ARAUJO, Camila da Cruz Ramos de; GUIMARÃES, Adriana Coutinho de Azevedo
FONTE
Arq. Neuro-Psiquiatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-01
RESUMO
Resumo Fundamentos: Novos protocolos aplicados na reabilitação da doença de Parkinson possibilitam diferentes estratégias de atuação para profissionais de saúde, além de um novo leque de atividades para estes indivíduos. Entretanto, não se encontrou na literatura qualquer protocolo de samba com prescrição de atividades validado para esta população. Objetivo: O objetivo foi verificar a viabilidade de um protocolo de samba brasileiro em indivíduos com doença de Parkinson. Métodos: Vinte participantes, com idade média de 66,4±10,7 anos, com diagnóstico de doença de Parkinson idiopática divididos em: grupo experimental que recebeu a intervenção das aulas de dança - samba brasileiro (10 indivíduos); e grupo controle que manteve as suas atividades rotineiras (10 indivíduos). Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário dividido: Informações Gerais; Escala de estágios de Incapacidade; Equilíbrio e Qualidade de Vida. Resultados: Durante a realização das aulas, não houve quedas, todas as atividades de dança aderiram aos detalhes das etapas do protocolo, sem quaisquer alterações, e os pacientes completaram, em média, 82,7% das atividades. Após 12 semanas, o grupo experimental apresentou melhoras no escore global da escala UPDRS, em atividades de vida diária e no exame motor. Houve também melhora nos escores de equilíbrio e no domínio de mobilidade da qualidade de vida do grupo experimental. Conclusão: A utilização de um protocolo de samba para indivíduos com doença de Parkinson mostrou-se viável, por sua característica segura e prazerosa, e por apresentar benefícios físicos suficientes para combinação com o tratamento medicamentoso. Houve também benefícios nas relações sociais e como uma possível ferramenta de reabilitação em indivíduos com a doença de Parkinson.
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