Variantes genéticas de kappa-caseína em vacas leiteiras e características físico-químicas e de composição do leite / Kappa-casein polimorphism in dairy cows and, physico-chemical properties and composition of milk

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Os objetivos gerais do presente estudo foram avaliar o efeito do polimorfismo genético da kappa-caseína, da raça e da estação do ano sobre as características físico-químicas (acidez, pH e crioscopia), composição (gordura, lactose, sólidos totais, contagem de células somáticas, uréia, proteína bruta, proteína verdadeira, nitrogênio não protéico e nitrogênio não caseinoso) e estabilidade do leite. Foram selecionados 11 rebanhos leiteiros comerciais, sendo cinco deles da raça Holandesa e seis da raça Girolanda, dos quais foram amostradas em média 122 vacas em lactação por rebanho, totalizando 1350 vacas amostradas em três períodos: 2 no período seco e 1 no período chuvoso. As vacas selecionadas foram analisadas quanto a composição e propriedades físico-químicas do leite, assim como para a determinação do polimorfismo de kappa-caseína. O presente trabalho foi dividido em dois estudos, no primeiro avaliou-se os efeitos da raça e estação do ano sobre características físico-químicas, composição e estabilidade do leite. Foi observado efeito de raça sobre acidez titulável, pH, lactose, uréia e estabilidade do leite. O efeito de sazonalidade mostrou-se significativo sobre pH, crioscopia, teores de lactose, uréia, proteína bruta, sólidos totais, contagem de células somáticas, proteína verdadeira, caseína, nitrogênio não protéico e estabilidade térmica do leite. Em animais da raça Girolanda, foram observados no período seco maiores teores de sólido totais. O ponto crioscópico do leite sofreu efeito do período de coleta somente em animais da raça Holandesa, onde valores mais altos foram observados durante o período seco. Os teores de lactose apresentaram maiores médias no período seco em animais da raça Holandesa. Os teores de uréia sofreram efeito de raça e período de coleta estudado. A proteína bruta do leite sofreu efeito dos fatores raça e período de coleta, sendo que vacas da raça Holandesa e Girolanda apresentam maiores teores no período seco. A concentração de caseína do leite sofreu efeito significativo do período de coleta. A estabilidade térmica do leite sofreu influência da raça, pois o leite de vacas da raça Holandesa mostraram-se mais estáveis do que os da raça Girolanda. A sazonalidade é um fator determinante para a estabilidade do leite, pois o leite mostrou-se mais estável no período chuvoso que em período seco. No segundo estudo foram avaliados o polimorfismo genético da kappa-caseína em vacas Holandesas e Girolandas e o efeito deste sobre características físico-químicas, de composição e estabilidade térmica do leite. A freqüência do alelo A foi maior do que a do alelo B no que diz respeito ao gene da kappa-caseína. Com relação às características físico-químicas do leite, não houve efeito do polimorfismo do gene da kappa-caseína sobre teores de gordura, sólidos totais, lactose, contagem de células somáticas e uréia do leite. Não foram observados efeitos do polimorfismo genético do gene para kappa-caseína sobre a composição protéica do leite, sendo que teores de proteína bruta, nitrogênio não protéico, nitrogênio não caseinoso e proteína verdadeira não sofrem influência. A estabilidade do leite frente à prova do álcool não sofreu influencia do polimorfismo genético de kappa-caseína

ASSUNTO(S)

kappa-casein dairy cow kappa-caseína polimorfismo composition leite polymorphism milk composição vaca leiteira

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