Variações anatômicas do músculo pronador redondo e sua importância nas síndromes compressivas
AUTOR(ES)
Caetano, Edie Benedito, Vieira, Luiz Ângelo, Sprovieri, Fábio Antonio Anversa, Petta, Guilherme Camargo, Nakasone, Maurício Tadeu, Serafim, Bárbara Lívia Correa
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-03
RESUMO
RESUMO OBJETIVO: Analisar as variações anatômicas do músculo pronador redondo (MPR) e suas implicações na compressão do nervo mediano, que passa entre as cabeças umeral e ulnar do MPR. MÉTODO: Foram dissecados 100 membros superiores de cadáveres adultos pertencentes ao laboratório de anatomia; 46 cadáveres eram do sexo masculino e quatro do feminino. A idade variou entre 28 e 77 anos; 27 eram da etnia branca e 23, não branca. Um estudo piloto que incluiu três cadáveres frescos foi feito, para familiarização dos autores com a anatomia regional. Esses não foram incluídos no estudo. RESULTADOS: Em 86 membros, observou-se a presença das cabeças umeral e ulnar do MPR. Em 72 dos 86 membros, o nervo mediano estava posicionado entre as cabeças umeral e ulnar do MPR; em 11, esse encontrava-se através da massa muscular da cabeça ulnar do MPR e em três, o nervo mediano estava posicionado posteriormente às duas cabeças do MPR. Nos casos em que as duas cabeças do músculo estavam presentes, não se observou o nervo mediano passando através da massa muscular da cabeça umeral do MPR. Em 14 dos 100 membros dissecados, a cabeça ulnar do MPR não estava presente. Nessa situação, o nervo mediano posicionava-se posteriormente à cabeça umeral em 11 membros e através da cabeça umeral em três membros. Em 17 membros, a cabeça ulnar estava muito pouco desenvolvida, com conformação fibrosa em sua origem no processo coronoide da ulna, associada a um componente muscular distal, próximo a sua união com a cabeça umeral. Em quatro membros, a cabeça ulnar do MPR estava representada apenas por uma banda fibrosa. Nos dois membros de um cadáver, observou-se uma expansão fibrosa que saía do músculo supinador para a cabeça umeral do MPR, passando como uma cinta sobre o nervo mediano. CONCLUSÕES: Esses resultados sugerem que as variações anatômicas na relação nervo mediano e MPR representam fatores potenciais para compressão nervosa, por estreitar o espaço no qual passa o nervo mediano.
ASSUNTO(S)
pronação nervo mediano síndromes de compressão nervosa
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