Variação da ingestão dietética e do padrão de atividade física como preditores da mudança do escore-z do Índice de Massa Coporal (IMC) entre adolescentes brasileiros

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

Objetivo: Avaliar se as mudanças no padrão alimentar e no padrão de atividade física estão associadas com mudança anual do escore-z do índice de massa corporal (IMC) entre os adolescentes. Métodos: O estudo foi realizado em escolas públicas de Piracicaba, São Paulo, Brasil, com uma amostra probabilística de 431 adolescentes participantes na onda I (2004) (doravante linha de base) e 299 na onda II (2005) (doravante seguimento). Nos dois momentos foram avaliados o IMC, a ingestão habitual de alimentos, atividade física, atividades sedentárias, maturação sexual e variáveis demográficas. A associação entre variação anual do consumo de alimentos, atividade física, atividades sedentárias e mudanças anuais do escore-z do IMC foi avaliada a partir de regressão múltipla. Resultados: O estudo mostrou uma variação positiva no escore-z do IMC ao longo de um ano. Entre as variáveis relacionadas ao padrão de atividade física apenas jogar videogame e usar o computador apresentou aumento ao longo do ano. A ingestão de frutas e legumes e de bebidas artificiais adoçadas aumentou ao longo de um ano e as demais variáveis apresentaram uma redução. Observou-se que o aumento do consumo de alimentos ricos em gordura (β = 0,04, p = 0,04) e de suco natural adoçado (β = 0,05, p = 0,03) associou-se positivamente ao aumento do escore-z do IMC. Conclusão: Hábitos alimentares não saudáveis predizem mais o aumento do escore-z do IMC do que o padrão de atividade física. A ingestão de alimentos ricos em gordura e de suco naturais adoçado associou-se positivamente ao escore-z do IMC ao longo de 1 ano.

ASSUNTO(S)

adolescente Índice de massa corporal estudos longitudinais atividade motora hábitos alimentares

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