Validade e limitações da versão brasileira do Composite International Diagnostic Interview (CIDI 2.1)
AUTOR(ES)
Quintana, Maria Inês, Gastal, Fábio Leite, Jorge, Miguel Roberto, Miranda, Cláudio Torres, Andreoli, Sérgio Baxter
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/11/2006
RESUMO
OBJETIVO: Validação concorrente da versão brasileira do Composite International Diagnostic Interview 2.1, utilizando como padrão ouro o diagnóstico médico baseado nos critérios diagnósticos da CID-10 e critérios Longitudinal, Experts Clinicians, All Data (LEAD). MÉTODO: Amostra composta por 185 indivíduos procedentes de hospitais psiquiátricos, ambulatórios de especialidades psiquiátricas, serviços comunitários e atenção primária à saúde, selecionados intencionalmente segundo nove grupos diagnósticos. Instrumentos: CIDI 2.1 (lápis e papel), versão para diagnósticos ao longo da vida, aplicado por 16 entrevistadores treinados. Análise: validade concorrente dos diagnósticos do Composite International Diagnostic Interview no último ano. RESULTADOS: Os valores encontrados de sensibilidade e especificidade foram: transtornos decorrentes do uso de álcool (79,5%/97,2%); transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas (77,3%/100%); esquizofrenia e outros transtornos psicóticos (28,6%/93,9%); episódio maníaco e transtorno afetivo bipolar (38,9%/96,4%); transtorno depressivo (82,5%/93,8%); transtorno fóbico-ansioso (80,6%/93,5%); transtorno obsessivo-compulsivo (18,2%/98,9%); transtorno somatoforme (41,7%/90,8%); e transtorno alimentar (45,5%/100,0%). CONCLUSÃO: O Composite International Diagnostic Interview mostrou-se válido para os diagnósticos de transtornos decorrentes do uso de álcool e substâncias psicoativas, transtorno depressivo e transtorno fóbico-ansioso. As prováveis explicações para o pior desempenho nos demais diagnósticos foram: necessidade de algum julgamento clínico do entrevistador leigo; dificuldade no manuseio do Diagrama de Especificação de Resposta; dificuldade de compreensão dos entrevistados; e falta de mecanismos para atestar a veracidade das informações.
ASSUNTO(S)
diagnóstico escala de graduação psiquiátrica validade dos testes entrevista
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