Validade da versão brasileira em português da escala diagnóstica do espectro bipolar

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Transtornos do espectro bipolar (TEB) são prevalentes e comumente subdiagnosticados e subtratados. O presente trabalho descreve o desenvolvimento e a validação da versão brasileira da escala diagnóstica do espectro bipolar (B-EDEB), um instrumento de rastreio para transtornos bipolares, em uma população psiquiátrica adulta. MÉTODO: 114 pacientes consecutivos de um ambulatório psiquiátrico completaram a versão brasileira da B-EDEB. Um psiquiatra pesquisador, cego para os escores do B-EDEB, entrevistou os participantes por meio de uma versão modificada do módulo de transtornos do humor da entrevista clínica estruturada para o DSM-IV ("padrão-ouro"). RESULTADOS: A consistência interna da B-EDEB, avaliada mediante o coeficiente alfa de Cronbach, foi de 0,89 (IC 95%; 0,86-0,91). De acordo com o padrão-ouro, 70 (61,4%) participantes tiveram diagnóstico de TEB. Um escore da B-EDEB de 16 ou mais itens apresentou sensibilidade de 0,79 (IC 95%; 0,72-0,85), especificidade de 0,77 (IC 95%; 0,70-0,83), valor preditivo positivo de 0,85 (IC 95%; 0,78-0,91) e valor preditivo negativo de 0,70 (IC 95%; 0,63-0,75). CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo demonstram que a B-EDEB é um instrumento válido para o rastreio de TEB.

ASSUNTO(S)

escala diagnóstica do transtorno bipolar transtornos bipolares validação rastreio

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