Validação imunofenotipica e ultraestrutural da linhagem de glioma humano NG7
AUTOR(ES)
Andre Almeida Schenka
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Uma nova linhagem de glioma humano, NG97, foi estabelecida por Grippo et al. em 2001 a partir de um astrocitoma grau III (OMS, 2000). Neste primeiro estudo, o cultivo da linhagem revelou a existência de duas subpopulações morfologicamente distintas: uma constituída por células fusiformes/dendríticas e outra, por células pequenas e redondas. A injeção de células NG97 em camundongos nude induziu a formação de um tumor agressivo caracterizado por atipia citológica intensa, proliferação vascular e necrose em pseudopaliçadas (achados sugestivos, mas não diagnósticos de glioblastoma multiforme). O objetivo do presente estudo foi caracterizar os aspectos imunofenotípicos e ultraestruturais desta linhagem celular, utilizando o tumor parental, as células em cultura e o xenotransplante, com o intuito de avaliar sua natureza glial e possíveis diferenciações divergentes. A comprovação de sua natureza glial é de fundamental importância para a caracterização e validação desta linhagem como um modelo de glioma. As células NG97 e o xenotransplante expressaram os principais marcadores neurogliais (GFAP, proteína S-100, NSE e Leu-7) e não apresentaram qualquer expressão aberrante de outros marcadores de histogênese. GFAP foi expressa de maneira similar no tumor parental e nas células em cultura, diminuindo significativamente no xenotransplante. A expressão de NSE era reduzida nas células NG97, em comparação ao tumor parental, sendo substancialmente recuperada no xenotransplante. Esta variabilidade de expressão de GFAP e NSE foi interpretada como um fenômeno de indiferenciação ou, alternativamente, como um fenômeno relacionado a uma possível seleção microambiental de subclones específicos. A proteína S-100 foi expressa de maneira semelhante nos três contextos de análise (tumor original, células de cultura e transplante). A análise ultraestrutural do xenotransplante revelou uma neoplasia altamente indiferenciada compatível com um glioblastoma. Não foram observadas diferenças imunofenotípicas ou ultraestruturais significativas entre as duas subpopulações morfologicamente distintas. Assim, nossos dados demonstram que as células NG97 constituem uma linhagem celular pura, comprometida com o fenótipo glial, que poderá ser útil como um modelo de glioma maligno em estudos direcionados a questões fisiopatológicas, diagnósticas e terapêuticas
ASSUNTO(S)
patologia linhagem (genetica) ondologia astrocitoma imunohistoquimica ultraestrutura
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000374023Documentos Relacionados
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