Validação de protótipo de um novo eletrodo de fibra para eletrorretinografia clínica
AUTOR(ES)
Berezovsky, Adriana, Pereira, Josenilson Martins, Salomão, Solange Rios, Santos, Vagner Rogério dos, Schor, Paulo
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-06
RESUMO
OBJETIVO: Validar um novo protótipo de um eletrodo de fibra para eletrorretinografia clínica (ERG). MÉTODOS: Foi testado em um grupo de 20 voluntários saudáveis (17-31 anos; média 22,7 ± 4,5; 8 homens), um protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado descartável recentemente desenvolvido (depósito de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual # PI0602186-7), constando de uma fibra de sinais corneanos e uma segunda fibra servindo como referência. Após 30 minutos de adaptação ao escuro, as respostas de cones e bastonetes da eletrorretinografia foram registradas simultaneamente com dilatação completa das pupilas em ambos os olhos, com o protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado em um olho escolhido ao acaso e um eletrodo DTL® no outro olho. Após a apresentação dos estímulos escotópicos e fotópicos cada resposta foi analisada em amplitude e tempo de culminação das ondas a e b. O sistema VERIS 5.1.9 foi usado para a aquisição e análise dos dados. Os resultados da eletrorretinografia foram analisados pelo teste de Mann-Whitney. Após a sessão da eletrorretinografia foi feito exame em lâmpada de fenda para avaliar possíveis eventos adversos. RESULTADOS: As respostas obtidas com o protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado foram comparáveis às do eletrodo DTL® comercialmente disponível. Numa análise qualitativa, o eletrodo de fibra com referência acoplado produziu sinais com menos ruído. Na média, a amplitude escotópica da eletrorretinografia e o tempo de culminação da onda-b usando o eletrodo DTL® foram respectivamente, 287,6 µV and 36,3 ms com achados similares para o protótipo (287,9 µV e 36,3 ms). Sob condições fotópicas, a amplitude média do eletrodo DTL® e o tempo de culminação da onda b foram respectivamente 108,9 µV e 24,5 ms com resultados similares para o protótipo (116,4 µV e 24,5 ms). Após os registros da eletrorretinografia com ambos os tipos de eletrodos não houve abrasões corneanas ou outros eventos adversos significantes. CONCLUSÕES: Em sujeitos humanos saudáveis, o protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado forneceu registros estáveis e seguros de eletrorretinogramas a partir da córnea comparado aos obtidos com o eletrodo DTL® comercialmente disponível. O protótipo é um instrumento alternativo viável para registro clínico da eletrorretinografia para avaliar a função retiniana, no entanto, análises adicionais são necessárias para validar sua utilidade clínica em pacientes com distúrbios retinianos.
ASSUNTO(S)
eletrodos eletrorretinografia retina doenças retinianas estudos de validação
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