Validação da Escala de Atitudes Alimentares Transtornadas para adolescentes

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-03

RESUMO

RESUMO Objetivo Realizar a avaliação psicométrica da Escala de Atitudes Alimentares Transtornadas (EAAT) para adolescentes. Métodos A amostra foi composta por 1.119 adolescentes (12-18 anos; 59,6% do sexo feminino) estudantes de escolas técnicas do estado de São Paulo, que responderam online à EAAT, ao Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) e à Escala de Restrição (RS). A consistência interna da EAAT foi avaliada usando o alpha de Cronbach e a validade convergente por meio do coeficiente de correlação de Pearson com o EAT-26 e a RS. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada usando uma subamostra de 61 adolescentes. A validade known-groups foi determinada pela comparação dos escores médios de estudantes do sexo feminino com os escores de 33 adolescentes do sexo feminino com transtornos alimentares. Resultados A consistência interna foi de 0,79, e as pontuações no EAT-26 e na RS estiveram positivamente correlacionadas com a pontuação da EAAT (EAT: 0,78 para o sexo feminino e 0,59 para o masculino, p < 0,001; RS: 0,63 para o sexo feminino e 0,48 para o masculino, p < 0,001). O escore da EAAT diferenciou estudantes e pacientes com transtornos alimentares (p < 0,001). O coeficiente de correlação intraclasse na confiabilidade teste-reteste foi de 0,87. Conclusão A versão da EAAT para adolescentes mostrou boa consistência interna, validade convergente, known-groups e confiabilidade teste-reteste, sugerindo o seu potencial na identificação de atitudes alimentares transtornadas entre adolescentes. Ela pode, portanto, ser útil na identificação de adolescentes com risco de transtornos alimentares, auxiliando em programas de prevenção.

ASSUNTO(S)

transtornos alimentares comportamento alimentar adolescente psicometria estudos de validação

Documentos Relacionados