ValidaÃÃo da reaÃÃo da cadeia de polimerase em tempo real para o diagnÃstico de neurotoxoplasmose em pacientes com AIDS / ValidaÃÃo da reaÃÃo da cadeia de polimerase em tempo real para o diagnÃstico de neurotoxoplasmose em pacientes com AIDS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O diagnÃstico da neurotoxoplasmose em portadores de aids pode ser difÃcil, requerendo distinÃÃo com outras neuroinfecÃÃes e lesÃes tumorais. Os exames complementares disponÃveis trazem limitaÃÃes para a confirmaÃÃo da doenÃa. A tese esteve composta por uma revisÃo da literatura, abordando o estado de arte dos mÃtodos disponÃveis para diagnÃstico de neurotoxoplasmose, e por dois artigos: No primeiro, sob tÃtulo LesÃo cerebral Ãnica de origem toxoplÃsmica, foram analisados aspectos de ressonÃncia magnÃtica convencional de 10 pacientes com neurotoxoplasmose e lesÃo cerebral Ãnica, uma vez que essa forma de apresentaÃÃo impÃe maior dificuldade diagnÃstica sendo pouco explorada na literatura. As imagens foram avaliadas quanto à localizaÃÃo das lesÃes, intensidade de sinal, tipo de realce apÃs contraste, presenÃa de alvo excÃntrico e captaÃÃo menÃngea, em aparelho Phillips 1,5 Tesla, modelo AchievaÂ. As lesÃes nÃo tiveram localizaÃÃo preferencial e ocorreram igualmente em regiÃes cÃrtico-subcorticais e profundas. Na seqÃÃncia T2, houve variabilidade de sinal, porÃm, no T1, predominaram padrÃes de iso ou hipossinal, edema perilesional e realce anelar apÃs contraste, aspectos similares aos de lesÃes mÃltiplas, descritos na literatura. Concluiu-se que a presenÃa desses padrÃes em lesÃes Ãnicas pode ser sugestiva da neurotoxoplasmose. O segundo artigo, sob tÃtulo InfluÃncia de caracterÃsticas da neurotoxoplasmose na sensibilidade da PCR em tempo real em pacientes com aids, consistiu de estudo de validaÃÃo fase III da reaÃÃo em cadeia da polimerase em tempo real para detecÃÃo do gene B1 em sangue e lÃquor de pacientes com aids e diagnÃstico presuntivo de neurotoxoplasmose. O DNA foi extraÃdo com kit QiAmp DNAÂ, marca QiagenÂ; amplificado com uso de primers da marca Applied BiosystemÂ, com seqÃÃncia especÃfica de 98 pares de bases do gene B1. As amostras foram processadas em termociclador IcicleÂ, marca BioradÂ, operado pelo programa PrimerExpress. Foram incluÃdos 135 pacientes com sintomatologia neurolÃgica encefÃlica, distribuÃdos em dois grupos: grupo I - 85 casos de neurotoxoplasmose e grupo II - 50 pacientes com manifestaÃÃes neurolÃgicas nÃo toxoplÃsmicas. A PCR em tempo real em sangue revelou sensibilidade de 1,5% (IC 95% 0,1% - 9%), especificidade igual a 100% (IC 95% 87,7% - 100%), valor preditivo positivo de 100% (IC 95% 5,5% - 100%) e valor preditivo negativo de 34,3% (IC 95% 25,4% - 44,4%). No lÃquor, houve sensibilidade igual a 35,8% (IC 95% 25,7% - 47,3%), especificidade igual a 100,0% (IC 95% 89,6% - 100,0%), valor preditivo positivo de 100.0% (IC 95% 85,4% - 100,0%) e valor preditivo negativo de 44,7% (IC 95% 34,5% - 55,3%). Nos pacientes do grupo I com pleocitorraquia e quatro ou mais lesÃes encefÃlicas pelo T gondii, a positividade liquÃrica da PCR foi significantemente maior do que a daqueles com normocitorraquia (p=0,021) e com atà trÃs lesÃes encefÃlicas (p=0,026). Concluiu-se que a PCR em tempo real no sangue nÃo se mostrou Ãtil ao diagnÃstico; no LCR, o teste demonstrou baixa sensibilidade, mas alta especificidade para o diagnÃstico da neurotoxoplasmose. Maior nÃmero de lesÃes e maior celularidade liquÃrica podem melhorar a sensibilidade do mÃtodo. Sugerem-se novas pesquisas que correlacionem esses aspectos com os parÃmetros de acurÃcia do mÃtodo

ASSUNTO(S)

toxoplasmose cerebral pcr polymerase chain reaction aids aids cerebral toxoplasmosis medicina validaÃÃo validation

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