Uso do escore prognóstico APACHE II e ATN-ISS em insuficiência renal aguda tratada dentro e fora da unidade de terapia intensiva
AUTOR(ES)
Fernandes, Natáia Maria da Silva, Pinto, Patrícia dos Santos, Lacet, Thiago Bento de Paiva, Rodrigues, Dominique Fonseca, Bastos, Marcus Gomes, Stella, Sérgio Reinaldo, Cendoroglo Neto, Miguel
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
INTRODUÇÃO: A insuficiência renal aguda (IRA) mantém alta prevalência, morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Comparar o uso do escore prognóstico APACHE II com o ATN-ISS e determinar se o APACHE II pode ser utilizado para pacientes com IRA, fora da UTI. MÉTODOS: Coorte prospectiva, 205 pacientes com IRA. Analisamos dados demográficos, condições pré-existentes, falência de órgãos e características da IRA. Os escores prognósticos foram realizados no dia da avaliação do nefrologista. RESULTADOS: A média de idade foi 52 ± 18 anos, 50% eram do sexo masculino, 69% eram brancos, 45% foram tratados em UTI e 55% em outras unidades. A mortalidade no grupo UTI foi 85% e no grupo não-UTI foi 18%. Os fatores que se correlacionaram com maior mortalidade foram mais prevalentes na UTI: idade, sexo masculino, IRA hospitalar, falência de órgãos, sepse, IRA séptica, oligúria e necessidade dialítica. No contexto geral, os marcadores prognósticos foram os mesmos para os grupos UTI e não-UTI. O APACHE II obteve discriminação similar nos grupos UTI e não-UTI e sua calibração foi melhor no grupo não-UTI. O ATN-ISS obteve boa discriminação tanto no grupo UTI quanto não-UTI, porém, com relação à calibração houve discreta superestimação da mortalidade no grupo não-UTI. O ATN-ISS apresentou melhor capacidade de discriminação do que o APACHE II nos grupos UTI e não-UTI. CONCLUSÃO: Concluímos que os escores APACHE II e ATN-ISS podem ser utilizados para a estratificação de risco em pacientes com IRA tratados fora da UTI em nosso meio.
ASSUNTO(S)
apache ii atn-iss insuficiência renal aguda unidade de terapia intensiva
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