Uso de óleos essenciais, extratos vegetais e indutores de resistência no controle alternativo do mal-do-Panamá da bananeira / Use of essential oils, vegetables extracts and inductive of resistance in the alternative control of the Panama disease of the banana tree
AUTOR(ES)
Julio Cesar da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A bananeira (Musa spp.), é uma planta explorada na maioria dos países tropicais. Seu fruto é consumido em praticamente todos os países do mundo in natura ou em forma de doces, compotas, enlatados, flocos, etc., devido ao seu valor energético, calórico e riqueza em vitaminas e sais minerais. A bananeira pode ser atacada por vários patógenos, destacando-se o fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc) que causa o mal-do-Panamá, uma das principais doenças da cultura. A busca por métodos alternativos de controle tem sido pesquisada e em especial o uso de óleos essenciais e extratos vegetais. Este trabalho foi desenvolvido em condições de laboratório e casa-de-vegetação do CECA/UFAL, com os objetivos de avaliar o efeito fungitóxico in vitro, in vivo e como indutores de resistência de óleos essenciais de Eucalyptus spp. (eucalipto variedade citriodora), Cymbopogon winteranus (citronela), Caryophyllus aromaticus L. (cravo-da-índia) e Piper aduncum L. (pimenta-de-macaco) e dos extratos vegetais aquosos de Caryophyllus aromaticus L. cravo-da-índia, Cinnamomum zeylanicum (canela), Allium sativum L. (alho), Ocimum basilicum (manjericão), Zingiber officinale Rosc. (gengibre) e Ruta graveolens (arruda) e dos produtos comerciais o ASM e Ecolife. Os óleos foram adicionados ao meio de BDA nas concentrações de 1,25; 2,5; 3,75 e 5% e os extratos vegetais aquosos foram adicionados ao meio de BDA, nas concentrações de 5; 10; 15 e 20 % para os extratos vegetais aquosos e 0,25; 0,5; 0,75 e 1 % para Ecolife. Para avaliação o índice de intensidade da doença (ID), plantas micropropagadas de bananeira da variedade maçã foram pulverizadas com os óleos essenciais (1,25%) e com os extratos de alho e canela (20%), extrato de cravo (15%) e Ecolife (0,75%). Após oito dias, as plantas foram inoculadas com a suspensão de Foc (104 con.mL-1), pelo método de imersão de raízes, por uma hora. O óleo de citronela, eucalipto, em todas as concentrações testadas, e os extratos de cravo (15 e 20%) e Ecolife (0,75 e 1%) inibiram em 100% o crescimento micelial do fungo, constituindo assim os melhores tratamentos. Enquanto que, os óleos de cravo e pimenta-de-macaco e os extratos de alho e de canela inibiram parcialmente o crescimento micelial, em todas as concentrações testadas, sendo que o extrato de alho à medida que aumentava a concentração mostrava um incremento na PIC do fungo. Na avaliação in vivo, o óleo de citronela apresentou o melhor resultado (ID=25%), diferindo da testemunha, os óleos de cravo e de eucalipto apresentaram um ID= 95 e 75% , respectivamente. Os extratos de cravo e alho, e Ecolife apresentaram um ID= 29, 25 e 8,33%. A inibição total ou parcial do crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. cubense, avaliado in vivo, pelos óleos essenciais e extratos vegetais aquosos, nos mostra compostos de ação antifúngica. As atividades da enzima fenilalanina amônia liase (FAL) foi determinado em plantas submetidas aos tratamentos, coletadas às 24, 48, 72, 144 e 288 horas após a inoculação. Foi observada diferença significativa entre os indutores e a testemunha, destacando-se Ecolife, extrato de manjericão, óleo de citronela, óleo e extrato de cravo, e extrato de arruda que proporcionaram os menores índices de doença nas mudas de banana maça, respectivamente com 8,33; 12,5; 25,0; 29,17; 25,0; e 41,67 %. O indutor Ecolife apresentou o melhor desempenho em relação aos outros indutores testados e a testemunha, proporcionando um controle de 83,7% da doença. Todos os tratamentos analisados apresentaram a presença da enzima, variando o nível de acordo com a data de extração e o extrato ou óleo utilizado como indutor de resistência. O extrato de cravo apresentou uma alta atividade enzimática na extração 24 e 48 horas após a inoculação do inoculo.
ASSUNTO(S)
agronomia banana - disease fusariose banana doenças mal-do-panamá panama disease phytopathology fusariose fitopatologia
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.ufal.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=282Documentos Relacionados
- Efeito de dois indutores de resistência sobre a severidade do mal-do-Panamá
- Colonização micorrízica arbuscular e tolerância ao mal-do-Panamá em mudas de banana-maçã
- Redução do mal-do-panamá em bananeira-maçã por inoculação de fungo micorrízico arbuscular.
- Ocorrência do mal-do-panamá em bananeira do subgrupo Figo, em Piau, Minas Gerais
- Redução do mal-do-panamá em bananeira-maçã por inoculação de fungo micorrízico arbuscular