USO DE BACTÉRIAS PARA PROTEÇÃO DO ALGODOEIRO: CONTROLE DE DOENÇAS, PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DE FIBRAS

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Caatinga

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO A ramulose (Colletotrichumgossypii var. cefalosporioides) é uma importante doença do algodão no Brasil cujo controle depende do uso de químicos. Portanto, práticas alternativas para o manejo sustentável da doença são cada vez mais necessárias. Esse trabalho objetivou verificar o potencial de três isolados bacterianos: Bacillusamyloliquefaciens (UFLA285), Bacillusvelezensis (UFLA401) e Paenibacilluslentimorbus (MEN2) no controle de ramulose em algodoeiro. Três métodos de aplicação (tratamento de sementes (TS), pulverização foliar e aplicação no solo foram testados (separadamente ou combinados) em casa de vegetação e no campo. Fungicidas químicos e água foram usados como controles. Em casa de vegetação todos os isolados reduziram a severidade da ramulose, sendo que os isolados B. velezensis UFLA401 e P. lentimorbus MEN2 reduziram em 56.6% e 45.7%, respectivamente, independente do modo de aplicação. O isolado B.amyloliquefaciens UFLA285 reduziu a severidade em 62.1% pela pulverização foliar ou por TS + pulverização foliar. Dois ensaios de campo foram realizados e os três isolados testados reduziram a severidade da doença. No primeiro ano, B. velezensis UFLA401 reduziu a severidade em 22.3% por pulverização foliar e em 57% pot TS + duas pulverizações. A produtividade aumentou para todos os tratamentos comparados ao controle com água. A combinação B. velezensis UFLA401 and P. lentimorbus MEN2 em TS + duas pulverizações foliares aumentou a qualidade da fibra do algodão. Conclui-se que isolados de Bacillus sp. (UFLA285 e UFLA401) e P.lentimorbus MEN2 apresentam potencial para proteger o algodoeiro contra a ramulose e melhorar a produção e qualidade da fibra.

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