Uso da mirtazapina no tratamento da náusea e vômito refratários a terapia habitual após derivação gástrica em Y de Roux

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

RACIONAL: A cirurgia bariátrica é procedimento com significativa morbidade. A náusea a vômito geralmente ocorrem devido à presença de complicações mecânicas como as estenoses das anastomoses. Alguns casos apresentam sintomas importantes na ausência dessas complicações. OBJETIVO: Relato do uso da mirtazapina no pós-operatório de cirurgia bariátrica em um paciente com náuseas de vômitos refratários ao tratamento clínico habitual, na ausência de complicações mecânicas. RELATO DO CASO: Paciente portador de obesidade mórbida foi submetido à derivação gástrica em Y de Roux laparoscópica. Evoluiu com náusea persistente associada a episódios de vômitos refratários a ondansetron, metoclopramida e bromoprida. Não foram identificadas causas mecânicas para o quadro. Foi iniciado mirtazapina (Remeron®) via oral na dose de 30mg por dia durante 60 dias. Após dois dias do início da medicação foi observado melhora total do quadro. A mirtazapina é um antidepressivo que apresenta efeito antiemético através do bloqueio de receptores para a serotonina (5-HT3) no centro do vômito no tronco cerebral. CONCLUSÃO: A mirtazapina pode ser útil nos casos de náusea e vômito refratários à terapia antiemética habitual no pós-operatório de derivação gástrica em Y de Roux, quando causas mecânicas são excluídas.

ASSUNTO(S)

derivação gástrica náusea vômito obesidade mórbida mirtazepina

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