Uso conservativo de nutrientes pelo mogno (Swietenia macrophyllaking) cultivado sob condições ambientais contrastantes

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Analisou-se a composição nutricional e isotópica (C e N) de folhas de mogno (. Swietenia macrophylla King) em plantações estabelecidas em solos e climas contrastantes na América Central (Quintana Roo, Yucatán, México) e na América do Sul (Pará, Brasil). O objetivo foi determinar a adaptabilidade dessa espécie para grandes diferenças na disponibilidade de nutrientes e regimes de chuva. As concentrações de nutrientes das folhas e solos foram determinadas espectrofotometricamente, e razões isotópicas foram medidas utilizando espectrometria de massa. No Pará, os solos foram mais arenosos e ácidos, recebendo acima de 2.000 mm de chuva, enquanto em Quintana Roo os solos foram predominantemente argilosos, com pH neutro a alcalino, devido ao substrato calcário subjacente, com cerca de 1.300 mm de chuva. A razão área/peso foliar foi semelhante para ambos os sítios de estudo, mas em Quintana Roo as folhas foram significativamente menores. Concentrações de N e K em folhas adultas foram semelhantes. A concentração de Ca foi apenas ligeiramente inferior no Pará, apesar das grandes diferenças na disponibilidade de Ca. Folhas desse sítio possuíam concentrações ligeiramente maiores de P e menores de Al. Diferenças na eficiência do uso da água medida pela δ13C foram insignificantes, e o principal efeito da menor precipitação em Quintana Roo parece ser uma redução na área foliar. Assinatura isotópica do N (δ 15N) foi mais positiva no Pará, que em Quintana Roo, sugerindo maiores taxas de desnitrificação no primeiro sítio de estudo. Os resultados revelaram comportamento calciotrófico e uma notável capacidade do mogno para compensar as grandes diferenças de textura e disponibilidade de nutrientes do solo.

ASSUNTO(S)

mogno nutrição mineral isótopos de c e n

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