Uma Nova suavidade e profundidade... o despertar transpessoal e a (re)educação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

O momento de crise generalizada que estamos vivendo sinaliza a possibilidade de uma transformação para padrões de percepção de mundo mais sutis (transformação de paradigmas) dos já experimentados pela maioria dos seres humanos até aqui. Estamos a caminho da passagem da manifestação da consciência racional e pessoal para outro mais abrangente e profundo que são as faixas transracional e transpessoal. É necessário ampliar as referências da razão ocidental e integrar as conquistas nos diversos campos (científico, ético e estético) e evitar os reducionismos cientificistas (fragmentação das partes) e holistas (valorização somente do todo). Felix Guattari (as ecosofias e o paradigma estético), Edgar Morin (o paradigma da complexidade) vislumbram processos abrangentes de percepção da realidade, mas diferentemente de Ken Wilber (paradigma compreensivo) não colocam a possibilidade do acesso, através da experiência contemplativa , às dimensões transracional e transpessoal da consciência. Estes três autores se fundamentam nas hipóteses mais recentes apresentadas pelas chamadas ciências da complexidade que afirmam que as esferas físicas, biológicas e humanas se inter-relacionam e se organizam segundo princípios que incluem a ordem e a desordem (caos). Ken Wilber aponta os princípios gerais que governam o desenvolvimento do "Kosmos". Este se apresenta como contextos dentro de contextos (redes e hierarquias) chamados "hólons" (totalidades/partes) numa correlação dinâmica de nossas dimensões internas/externas individuais/coletivas. A consciência é a manifestação destas dimensões nos seus diversos níveis e faixas. (nível da mente, faixas filosóficas, faixas biossociais, nível existencial, faixas transpessoais e nível da Mente) que se diferenciam pelo grau de abrangência. Este estudo baseia-se na complementaridade das abordagens ocidentais e orientais. Através dos mecanismos de repressão-projeção a consciência se divide e se toma cada vez mais contraída. Trata-se de integrar as bipolaridades para níveis de saúde mais abrangentes e profundos. Isto só poderá ocorrer se assumirmos a responsabilidade da parte que nos cabe neste processo. Estão em jogo as forças da distorção, manifestas através da separatividade e confusão, contra as da realização, que se traduzem no discernimento e integração. Entendendo a educação como o desenvolvimento de nossas capacidades de aprender, reaprender e ensinar os significados de viver e morrer, esta tese aponta que somente a mudança de paradigmas que começa internamente, em cada um de nós, será capaz de dar conta das transformações em percurso

ASSUNTO(S)

educação - filosofia

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