Um modelo para gerenciamento de cursos e programas de pós-graduação com ênfase na eficácia para atender aos critérios de avaliação da CAPES

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este estudo tem como objetivo construir, sob a ótica da gestão da qualidade, um modelo de gerenciamento para cursos ou programas de pós-graduação stricto sensu, com base no processo de avaliação em uso pela CAPES, que possibilite a cada curso ou programa se apresentar como eficaz, quando avaliado pelo órgão. A partir do exposto o tema deste estudo enfoca a avaliação da educação, de modo mais específico, a área de desempenho de programa de pós-graduação, com ênfase na gestão da qualidade. Para ampliar os conhecimentos sobre o tema foram realizadas pesquisas teóricas, as quais permitiram uma análise detalhada sob os conceitos vinculados ao tema. Dentre estes se destacam os processos de avaliação de desempenho, e de modo mais específico o em uso pela CAPES. Para isso, foi necessário analisar a estrutura do processo de avaliação em uso pelo órgão, tanto em termos dos indicadores individuais, quanto de sua agregação. Tal conhecimento possibilitou a construção de um modelo direcionado ao gerenciamento a partir das concepções externas (CAPES). Ao construir tal modelo, foram realizadas as adequações consideradas necessárias para promover o gerenciamento de cursos ou programas segundo os requisitos considerados pela CAPES. Dentre as adequações realizadas se destacam: (a) a construção de indicadores para os elementos considerados objetos de avaliação pela CAPES; (b) a ordenação destes segundo as ações da qualidade (on-line, off-line, in-line); (c) a identificação de pesos para os elementos que compõem o modelo, a fim de se agrupar os indicadores e apresentar além da avaliação local, a avaliação global; (d) a aplicação da lógica difusa ao nível de quesitos, a fim de gerar conhecimento quanto ao grau de pertinência com que cada classificação é atribuída. Estruturado o modelo, passou-se a fase de operacionalização deste, a título de viabilidade de aplicação. Tal processo demonstrou que o modelo aqui proposto é factível, uma vez que este proporciona benefícios, dentre os quais se destacam: (a) gera conhecimento e compreensão quanto aos critérios de avaliação externos em uso pela CAPES, (b) captura aspectos antes despercebidos no processo de avaliação, os quais causavam aos cursos ou programas dúvidas quanto às classificações atribuídas; (c) gera subsídios aos programas por possibilitar a visualização de quais elementos apresentaram desempenho de menor impacto; (d) auxilia os cursos ou programas no sentido de minimizar sua dificuldade na identificação de aspectos/objetivos pontuais, merecedores de ações de melhoria; (e) identifica informações a serem transcritas para a avaliação externa; (f) gera maior consciência e entendimento quanto às classificações atribuídas pela CAPES, por demonstrar o grau de pertinência com que estas foram atribuídas, devido à inserção da lógica difusa. Assim, o gerenciamento de cursos ou programas de pós-graduação stricto sensu passa a ser estruturado a partir de concepções externas. Estas informações podem ser utilizadas como insumos para que os cursos ou programas desenvolvam o processo de avaliação interna, com vistas a identificar ações que gerem melhorias direcionadas à alavancagem de seus desempenhos quando avaliados pela CAPES.

ASSUNTO(S)

engenharia de producao pós-graduação - avaliação - modelos desempenho - indicadores

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