Um estudo global sobre as questões de gênero no jornalismo

AUTOR(ES)
FONTE

Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

Resumo Os objetivos desta investigação foram descrever o perfil de homens e mulheres vítimas de violência e identificar fatores associados à gravidade do trauma facial. Foi realizado um estudo retrospectivo de 762 prontuários de vítimas atendidas no Instituto de Medicina Legal e Odontologia de uma região metropolitana do Nordeste do Brasil. A variável dependente foi o tipo de trauma facial sofrido pelas vítimas. Variáveis independentes foram as características sociodemográficas das vítimas, características dos agressores e circunstâncias de violência. Estatísticas descritivas, bivariadas (teste c2) e multivariadas foram feitas por meio de regressão logística. O nível de significância foi fixado em p<0,05. A idade média das vítimas foi de 29,78 anos (DP =13,33). Com base no modelo de regressão final, os indivíduos do sexo masculino [odds ratio (OR)=2,22, IC 95%=1,08-4,57, p=0,030], agredidos por outros sujeitos do sexo masculino (OR=4,88; IC 95%=1,12-21,26; p=0,035) por meio de instrumentos (OR=6,67; IC 95%=2,85-15,60; p<0,001) ou agressões mistas (OR=4,34; IC 95%=1,44-13,02; p=0,009) foram mais propensos a apresentar fraturas de ossos faciais ou fraturas dentoalveolares. Os achados apontam que homens e mulheres apresentam importantes diferenciais de vitimização em relação à violência interpessoal e trauma facial. O gênero da vítima, o gênero do agressor e o mecanismo de agressão podem exercer influência sobre os padrões de trauma facial.

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