Tumores do córtex da supra-renal: resultados do tratamento e estudo do escore de Weiss como fator prognóstico
AUTOR(ES)
Lucon, Antonio Marmo, Pereira, Maria Adelaide, Mendonça, Berenice B., Zerbini, Maria Claudia, Saldanha, Luiz B., Arap, Sami
FONTE
Revista do Hospital das Clínicas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
OBJETIVOS: O diagnóstico diferencial entre tumores benignos e malignos do córtex da supra-renal é controverso. Cento e sete pacientes com tumores do córtex da supra-renal (excluindo aqueles com hiperaldosternismo primário) foram estudados para avaliar a sobrevida em 5 anos de adultos, de crianças e de acordo com o estadio patológico £ 3 ou >3 segundo o escore de Weiss. MÉTODOS: Os pacientes foram avaliados clínica e laboratorialmente. Cento e cinco pacientes foram operados e foram classificados em estadios patológicos I, II, III ou IV. Os tumores foram pesados, medidos, classificados de acordo com os critérios de Weiss e divididos em 2 grupos: ³ 3 e >3. RESULTADOS: Após 5 anos a sobrevida foi de 77,5% para o grupo inteiro, 74,61% para os adultos, 84,3% para as crianças, 100% para estadio I, 83,9% para estadio II, 33% para estadio III e 11,7% para estadio IV. Após 5 anos 100% dos pacientes com tumores com escore de Weiss £ 3 estavam vivos contra 61,65% dos que tinham escore de Weiss >3. Os pesos médios dos tumores com escore de Weiss £ 3 e >3 foram de 23,38 ± 41,36 g e de 376,2 ± 538,76 g, os quais são estatisticamente diferentes. Os tamanhos médios dos tumores com escore de Weiss £ 3 e >3 foram de 3,67 ± 2,2 cm e 9,64 ± 5,8 cm que são também estatiscamente diferentes. CONCLUSÃO: O escore de Weiss pode ser um bom fator prognóstico para tumores do córtex da supra-renal. Há também uma diferença estatística significante entre o peso médio e o tamanho médio dos tumores com comportamento benigno (escore de Weiss £ 3) e aqueles com comportamento maligno (escore de Weiss >3).
ASSUNTO(S)
tumores adrenocorticais escore de weiss carcinoma de córtex adrenal adenoma de córtex adrenal neoplasia da supra-renal
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