Tumores de testículo em crianças e adolescentes
AUTOR(ES)
Nogueira Neto, Francisco B., Petrilli, A. Sergio, Macedo, Carla R. P. D., Caran, Eliana M. M.
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-02
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar comparativamente aspectos clínicos e epidemiológicos dos tumores de testículo na infância e adolescência. MÉTODOS: Análise retrospectiva dos prontuários de pacientes com neoplasias de testículo ou paratesticulares. Foram classificados como crianças os menores de 10 anos e como adolescentes os pacientes entre 10 e 20 anos. Os resultados obtidos foram comparados por meio do teste para duas proporções: teste não paramétrico de Mann-Whitney e teste de log-rank. RESULTADOS: No período de janeiro de 1992 a julho de 2009, foram admitidos 60 pacientes: 34 crianças e 26 adolescentes com neoplasias de testículo ou paratesticulares. As principais manifestações foram tumor e dor na bolsa escrotal. A queixa de dor foi mais comum em adolescentes (p = 0,006). Estes apresentaram tempo médio de história de 4,9 meses, mais prolongado do que crianças, com 2,3 meses (p = 0,01). Os tipos histológicos encontrados foram: tumores de células germinativas em 32/60 (53%), rabdomiossarcomas (RMSs) em 23/60 (38,3%) e outros em 5/60 (8,3%). Os adolescentes apresentaram maior frequência de RMSs, metástases em linfonodos (p = 0,003) e a distância (p = 0,035). As diferenças na sobrevida dos pacientes estudados não foram estatisticamente significantes, havendo apenas indicativo de que a sobrevida, nos casos de RMS, é maior nas crianças (p = 0,072). CONCLUSÕES: Os adolescentes com tumor testicular apresentaram maior tempo de história, tipo histológico agressivo e doença avançada ao diagnóstico quando comparados às crianças, a despeito da pequena amostra.
ASSUNTO(S)
neoplasias testiculares criança adolescente
Documentos Relacionados
- Transplante autólogo de células progenitoras hematopoéticas em crianças e adolescentes com diagnóstico de tumores sólidos
- Punção aspirativa por agulha fina no diagnóstico de linfadenopatias e tumores sólidos em crianças e adolescentes
- Estudo de fase I e farmacocinética com etoposide oral em crianças e adolescentes com tumores sólidos refratários
- Tumores de coluna em crianças
- Mortalidade por tumores do sistema nervoso central em crianças e adolescentes no Rio de Janeiro, Brasil, 1980-2009