“Tudo é sempre de muito!”: produção de saúde entre travestis e transexuais
AUTOR(ES)
Sampaio, Juliana Vieira, Germano, Idilva Maria Pires
FONTE
Rev. Estud. Fem.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
Resumo: Este estudo investigou como travestis e transexuais negociam com os espaços institucionalizados de saúde e quais práticas compreendem como produtoras de saúde. Foram realizadas entrevistas com duas travestis e duas transexuais na cidade de Fortaleza, abordando questões sobre local, forma e dificuldades do atendimento quando ficam doentes, suas práticas de mudança corporal, entre outras. As informações obtidas foram discutidas a partir de uma perspectiva foucaultiana e de uma teoria crítica sobre o gênero. Observamos que a saúde entre as participantes está associada à construção de um corpo feminino belo, mesmo quando implica recusa às prescrições médicas e risco pessoal. Concluímos que a demanda por saúde de travestis e transexuais afasta-se das práticas de assistência propostas pelo Estado, que tem adotado uma noção binária de sexo/gênero para pautar suas ações.
ASSUNTO(S)
saúde corpo gênero travestis transexuais
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