Trincas nas calçadas e espécies muito utilizadas na arborização: comparação entre Sibipiruna ( Caesalpinia pluviosa Dc.) e Falsa-murta (Murraya paniculata (L.) Jacq.), no município de Piracicaba/SP / Cracks in sidewalks and species widely used in forestry: comparison between Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa Dc.) e Falsa-murta (Murraya paniculata (L.) Jacq.), In Piracicaba/SP

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A arborização urbana oferece diversos benefícios para a população, e sua necessidade vem aumentando com o crescimento das cidades. Mas como qualquer outro equipamento urbano, existe custo de implantação, manutenção e, também, prejuízos. Dentre os potenciais prejuízos da arborização urbana, estão os danos em calçamentos e estruturas de construção civil. Este trabalho objetivou identificar quais os parâmetros que influenciam esses danos e, auxiliar na definição de políticas públicas para a arborização urbana. O estudo baseou-se no Inventário da Arborização Urbana do Município de Piracicaba, em 15 bairros. Para todo o inventário, foram identificadas as unidades e profundidades do solo baseado no Levantamento Pedológico Semidetalhado do Município de Piracicaba. Optou-se por utilizar, para análise das trincas na calçada, uma espécie arbórea, a sibipiruna (Caesalpinia pluviosa Dc.) e, uma arbustiva, a falsa-murta (Murraya paniculata (L.) Jacq.), pois existe um conceito amplamente difundido, de que, as espécies arbustivas, não causam danos ao calçamento; já, as arbóreas, são conhecidas por danificar as calçadas. Na coleta de campo, avaliou-se os seguintes itens: endereço, espécie, árvore suprimida ou substituída, CAP, tamanho do canteiro, colo pavimentado, poda da parte aérea, estrutura urbana danificada, condições da calçada e material do piso. O índice de supressão da falsa-murta foi igual ao da sibipiruna (1,7%), sendo que 89,2% das falsamurtas e 92,6% das sibipirunas não foram substituídas por outra espécie. Para a falsamurta, a concentração de indivíduos, se deu na faixa de CAP de 21 a 80 cm (82,9%); 70,2% apresentaram trincas na calçada e 29,8% ausência de trincas; 44,6% dos indivíduos tinham canteiro de até 0,20 m2; 92,3% dos indivíduos sofreram poda considerada ruim e 75,1% dos indivíduos estavam em calçada de cimento. Para a sibipiruna, a concentração de indivíduos se deu na faixa de CAP de 101 a 160 cm (57,0%); 99,4% apresentaram trincas na calçada e 0,6% ausência de trincas; 44,6% dos indivíduos estavam plantados em locais classificados como canteiros indefinidos; 94,6% dos indivíduos sofreram poda considerada ruim e a calçada mais comum foi a de cimento com 63,1% de indivíduos. A profundidade do solo não teve influência em causar ou não trincas nas duas espécies. Com a análise estatística (teste Quiquadrado) pôde-se contrapor alguns conceitos difundidos na arborização urbana, concluindo-se que os arbustos também causam danos e as podas influenciam nos danos em calçadas, entre outras. Não existe solução simples para eliminação do conflito entre as árvores viárias e os equipamentos e estruturas urbanas. A população precisa e deve ser informada sobre todos os parâmetros, opções, benefícios e prejuízos de cada ação que estimule ou iniba o plantio de uma árvore em calçada.

ASSUNTO(S)

root sidewalks - damage public policies Árvores raiz street. rutales arborização calçadas - danos urban forestry fabaceae políticas públicas fabaceae via pública. trees rutales

Documentos Relacionados