Triatomíneos no intra e peridomicílio de área endêmica de doença de Chagas no Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: O presente trabalho teve como objetivo identificar os triatomíneos coletados no intra e peridomicílio, assim como verificar a ocorrência de infecção por Trypanosoma cruzi e correlacionar essas informações às condições habitacionais e à fauna associada na zona rural de Itabaianinha, Sergipe, Brasil. MÉTODOS: Visitas trimestrais foram realizadas entre março de 2009 e março de 2010, e as casas visitadas para a busca ativa de insetos foram determinadas por sorteio. Em cada unidade habitacional, os insetos foram capturados por coleta manual com pinça e lanterna para examinar aberturas e cavidades, com um tempo de coleta de uma hora/casa/indivíduo. O desalojador químico Pirisa® foi utilizado para forçar os insetos a abandonar seus ecótopos. A análise do conteúdo intestinal dos triatomíneos foi realizado no laboratório para estabelecer a presença de tripanosomatídeos. RESULTADOS: Em 103 unidades domiciliares examinadas, 17,5% estavam infestadas por triatomíneos da espécie Panstrongylus megistus. O Povoado Mutuca apresentou a mais elevada taxa de infestação das unidades domiciliares (38,1%). Todos os povoados que apresentaram índices de infestação relevantes estavam localizados na região norte do município. A maior percentagem de infecção desse vetor foi observada no Povoado Água Boa (56,5%). As habitações rurais observadas eram em sua maioria de tijolo ou madeira com as paredes rusticamente rebocadas ou sem reboco, e o anexo frequentemente associado ao triatomíneo foi o galinheiro. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos ressaltam a necessidade de vigilância e controle vetorial mais abrangentes, bem como de campanhas educativas no contexto do PCDCh.

ASSUNTO(S)

doença de chagas panstrongylus megistus Área endemica sergipe brasil

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