Treino de discriminação de estados glicêmicos em crianças com Diabetes Mellitus tipo 1 / Blood glucose discrimination training in children with type 1 diabetes

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/11/2002

RESUMO

Considerando a importância da carreta identificação dos diferentes estados glicêmicos pelo paciente portador de diabetes, este trabalho teve o objetivo de avaliar os efeitos de um treino discriminativo dirigido a crianças. Cinco crianças com diabetes tipo 1 com idades entre 6 e 9 anos e seus pais, frequentadores de uma associação de portadores de diabetes, participaram como voluntários do presente estudo. Utilizando-se um delineamento intra-sujeito, cada participante foi . submetido inicialmente à avaliação da precisão das suas estimativas de glicémia antes do treino discriminativo (Linha de Base) e, em seguida, a diferentes fases experimentais. A duração e a ordem dessas fases variaram de participante para participante e nem todos foram submetidos a todas as fases. Durante todo o estudo, as crianças receberam instruções para estimar qualitativamente a sua glicémia antes de terem a mesma medida pelos seus pais. Na Linha de Base, o resultado da glicémia medida não era fornecido para a criança. Na Fase Experimental 1, essa informação era dada pelos pais imediatamente após a medida. Na Fase Experimental 2, acrescentava-se ao procedimento da fase anterior a instrução para a criança observar a ocorrência de uma lista de sintomas antes de estimar a sua glicémia. Com base nos dados obtidas na Fase 2, procurou-se extrair, para cada criança, um padrão sintomaglicemia que substituiu, na Fase Experimentar 3, a lista original de sintomas nos participantes em que isto foi possível. Na Fase Experimental 4, dois itens foram adicionados ao procedimento da fase anterior: os pais foram instruidos a (1) fazer perguntas para o seu filho, antes das estimativas, a respeito de eventos externos que pudessem estar relacionados com as flutuações glicêmicas; e (2), após fornecer a informação da glicemia medida, procurar identificar, junto com a criança, os sintomas e os eventos externos que contribuíram para o acerto ou o erro. Na Fase Experimental 5, os pais foram instruidos a acrescentar às perguntas sobre eventos externos outras sobre sensações das crianças (substituindo, com isto, a lista de sintomas ou sintomas-padrão), antes das estimativas. Introduziu-se também, na Fase 5, um sistema de pontos, que eram trocados por reforços tangiveis, sob um procedimento de reforçamento diferencial das estimativas carretas. Os resultados mostraram que quatro das cinco crianças melhoram a discriminação das suas flutuações glicêmicas. Diferentemente do que apontam os estudos conduzidos com adolescentes e adultos, somente obteve-se melhora na precisão das estimativas das crianças no presente estudo quando os reforços tangiveis foram empregados (Fase Experimental 5). Os erros nas estimativas apresentados pelos participantes foram divididos em seis categorias. Duas categorias foram pouco frequentes para todos os participantes, as demais variaram entre eles. Os procedimentos empregados não produziram um efeito sobre o tipo de erro cometido, apenas sobre a sua frequência

ASSUNTO(S)

psicologia experimental discriminação de estados glicêmicos crianças diabetes diabetes em criancas blood glucose discrimination children diabetes

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