Trauma e contratransferência: desenvolvimento e validação da Assessment of Countertransference Scale (ACS)
AUTOR(ES)
Silveira Júnior, Érico de Moura, Polanczyk, Guilherme Vanoni, Eizirik, Mariana, Hauck, Simone, Eizirik, Cláudio Laks, Ceitlin, Lúcia Helena Freitas
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-06
RESUMO
OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo foi investigar a validade de construto da Assessment of Countertransference Scale (ACS) no atendimento a vítimas de trauma, pela identificação de construtos latentes subjacentes dos itens medidos e sua homogeneidade. MÉTODOS: A ACS avalia 23 sentimentos de CT em três fatores: proximidade, rejeição e indiferença. A ACS foi aplicada a 50 residentes de psiquiatria após a primeira consulta com 131 vítimas de trauma selecionadas consecutivamente durante 4 anos. A ACS foi analisada por análise fatorial exploratória (AFE) e confirmatória (AFC), consistência interna e validade convergente-discriminante. RESULTADOS: Apesar do fato dos itens de proximidade terem obtido os escores mais altos, a AFE demonstrou que o fator de rejeição (24% da variância, α = 0,88) apresentou uma intercorrelação mais consistente dos itens, seguido pela proximidade (15% da variância, α = 0,82) e um fator distinto, tristeza (9% da variância, α = 0,72). Foi proposta, portanto, uma versão modificada. Na comparação entre a versão original e a proposta, a AFC detectou índices de adequação melhores para a versão proposta (GFI = 0,797, TLI = 0,867, CFI = 0,885 vs . GFI = 0,824, TLI = 0,904, CFI = 0,918). CONCLUSÕES: A ACS é um instrumento promissor para a avaliação de sentimentos de CT, tornando seu uso válido para a avaliação durante o cuidado de vítimas de trauma.
ASSUNTO(S)
contratransferência vítimas de trauma validade análise fatorial