Tratamento tripanocida em adultos chagásicos crônicos, residentes na cidade de Santa Fé (Argentina), com seguimento de 21 anos em média: evolução parasitológica, sorológica e clínica
AUTOR(ES)
Fabbro, Diana L., Streiger, Mirtha L., Arias, Enrique D., Bizai, María L., del Barco, Mónica, Amicone, Norberto A.
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-02
RESUMO
Avaliamos a eficácia do nifurtimox e/ou benznidazol, durante 21 anos em média, em adultos chagásicos crônicos sem alterações eletrocardiográficas iniciais, mediante sorologia convencional, xenodiagnóstico, exames clínicos, eletrocardiográficos e radiografia do tórax. Estudamos 111 pacientes (17 a 46 anos): 54 foram tratados (27 com nifurtimox e 27 com benznidazol) e 57 formaram o grupo controle. Foram submetidos ao xenodiagnóstico 65% dos pacientes estudados: 36/38 tratados e 9/34 do grupo controle com xenodiagnóstico positivo prévio. Após tratamento, foram realizados 133 xenodiagnósticos em 41 pacientes, sendo todos negativos. Foram realizados 29 xenodiagnósticos em 14 pacientes do grupo controle, 2 foram positivos. A sorologia convencional foi realizada em soros estocados durante o seguimento. Evolução sorológica. Grupo tratado: a) 37% negativaram (nifurtimox 11, benznidazol 9); b) 27,8% diminuíram a titulação (nifurtimox 9, benznidazol 6), 9 deles apresentaram sorologia final discordante (nifurtimox 7, benznidazol 2; c) 35,2% permaneceram positivos com titulação constante (nifurtimox 7, benznidazol 12). Grupo controle: conservou os níveis iniciais de anticorpos durante o seguimento. Evolução clínica: 2/54 (3,7%) pacientes tratados e 9/57 não tratados apresentaram alterações eletrocardiográficas atribuíveis a miocardiopatia chagásica. Diferenças estatisticamente significantes (p<0,05). O tratamento produziu efeito de combate ao parasita em pelo menos 37% dos infetados crônicos adultos e efeito protetor na evolução clínica.
ASSUNTO(S)
doença de chagas tratamento pacientes chagásicos seguimento
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