Tratamento farmacológico do transtorno de personalidade limítrofe: revisão crítica da literatura e desenvolvimento de algoritmos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-08

RESUMO

INTRODUÇÃO: O transtorno de personalidade limítrofe (TPL) é uma síndrome psiquiátrica que causa significativa morbidade e mortalidade para pacientes internados e ambulatoriais tratados por profissionais de saúde mental. Dada a sua alta prevalência na população de pacientes psiquiátricos, esforços são necessários para tratar esse grupo apropriadamente. OBJETIVO: O objetivo do presente artigo é revisar evidências atuais acerca da efetividade das diversas abordagens farmacológicas empregadas como parte do plano de tratamento produzido para indivíduos que enfrentam essa doença. MÉTODOS: Para esse propósito, os autores revisaram o banco de dados MEDLINE em busca de ensaios clínicos publicados entre 1986 e 2003. Borderline personality disorder e clinical trials foram usados com descritores. RESULTADOS: Numerosos trabalhos foram encontrados, mas poucos estudos controlados estavam disponíveis. Notável é o fato de que virtualmente todas as classes de psicofármacos foram testadas nesse grupo de pacientes, comumente com desfechos modestos ou variáveis. Devido a limitações metodológicas na vasta maioria dos ensaios clínicos envolvendo drogas específicas nesse grupo de pacientes, foi difícil estimar o benefício real dos vários agentes testados. A evidência mais forte existe para os inibidores seletivos de serotonina, antipsicóticos e divalproato. DISCUSSÃO: Claramente, mais ensaios clínicos bem delineados são necessários, mas os dados revisados sugerem que psicofármacos são efetivos para tratar sintomas-alvo nesses pacientes. Conclui-se que psicotrópicos são adjuntos úteis às abordagens psicoterapêuticas usualmente empregadas para tratar pacientes limítrofes.

ASSUNTO(S)

transtorno de personalidade limítrofe ensaios clínicos revisão psicofarmacologia algoritmos inibidores seletivos de recaptação da serotonina divalproato antipsicóticos

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