Tratamento do pé varo espástico através da hemitransposição do tendão do tibial posterior
AUTOR(ES)
Gabrieli, Ana Paula T., Stein, Helena Elisa, Machado Neto, Lauro
FONTE
Acta Ortopédica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-12
RESUMO
Foram avaliados dez pacientes (12 pés) com paralisia cerebral espástica submetidos à hemitransposição do tendão do tibial posterior para correção da deformidade em varo do pé. Quatro pacientes eram do sexo feminino e 6 do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 8 anos e 9 meses. Seis pacientes apresentavam paralisia cerebral espástica hemiplégica; 2,diplégica e 2 pacientes, paralisia cerebral tipo misto. O tempo médio de seguimento foi de 26 meses. Cirurgias associadas foram realizadas em 11 pés (92%). Oito pés apresentaram bom resultado (67%), três pés (25%), resultado regular e um pé (8%), mau resultado. Nenhum dos pés desenvolveu deformidade em calcâneo-valgo. Os resultados regulares e mau estiveram associados principalmente à insuficiência do músculo tibial anterior que levou à necessidade de manutenção do uso de órtese no pós-operatório, à influência de outras forças deformantes no pé além do músculo tibial posterior e à presença de deformidade óssea estruturada. Os autores concluem que a técnica de hemitransposição do tendão do tibial posterior, associada a outras cirurgias quando necessário, tem bom resultado na correção da deformidade em varo do pé na paralisia cerebral; desde que sejam determinadas corretamente as características dinâmicas da deformidade e eventuais deformidades associadas sejam tratadas de forma apropriada, concomitantemente.
ASSUNTO(S)
paralisia cerebral pé varo espasticidade muscular
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