Tratamento das complicações orbitais da sinusite
AUTOR(ES)
Ozkurt, Fazil Emre, Ozkurt, Zeynep Gursel, Gul, Aylin, Akdag, Mehmet, Sengul, Engin, Yilmaz, Beyhan, Yuksel, Harun, Meric, Faruk
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Objetivo: Relatamos abordagens clínicas dos departamentos de oftalmologia e otorrinolaringologia para tratar complicações orbitais da sinusite. Uma revisão em profundidade literatura é discutida. Métodos: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 51 pacientes no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2014. Os registros foram avaliados quanto à idade, sexo, tipo de complicação orbital, sintomas, fatores predisponentes, estudos de imagem, tratamento médico e cirúrgico, resultados da cultura microbiológica e seguimento. Foi utilizado o programa SPSS versão 15.0 (Statistical Analysis, The Statistical Package for Social Sciences Inc, Chicago, IL) para a análise estatística. Resultados: Cinquenta e um pacientes preencheram os critérios, com os registros médicos disponíveis, para o estudo (29 do sexo masculino, 22 do sexo feminino). Trinta e dois (62,7%) foram diagnosticados com celulite presseptal e 19 (37,3%), com celulite posseptal. Depois de uma avaliação detalhada, 15 foram diagnosticados como abscesso subperiosteal (SPA), 4 eram celulite orbitária. A idade e sexo foi similar para ambos os grupos. Cinco pacientes com abscesso subperiosteal medial foram tratados com cirurgia endoscópica, um paciente com abscessso subperiosteal inferior foi tratado com cirurgia externa, 6 pacientes com outras localizações foram tratados com a combinação de cirurgia endoscópica e cirurgia externo. Todos os pacientes apresentaram eritema e edema periorbital. Tempo de internação hospitalar e a duração dos sintomas foi similar em ambos os grupos. A acuidade visual foi entre 1/10 a 10/10 (média de 7/10) e estatisticamente significante para os grupos celulite presseptal e posseptal (p<0,001). Todos os pacientes receberam antibióticos por via intravenosa, no primeiro dia de admissão. Conclusão: A complicação orbital da sinusite aguda exige um acompanhamento intensivo e multidisciplinar. A tomografia computadorizada dos seios paranasais com contraste pode detectar a extensão da infecção. Uma tentativa inicial com o uso de antibióticos intravenosos é adequada quando um acompanhamento rigoroso é possível. A cirurgia é indicada quando não houver melhora dentro de 48 horas de tratamento clínico, diminuição da acuidade visual (em 8/10) e abscesso não-medial.
ASSUNTO(S)
sinusite/complicações doenças orbitárias/etiologia abscesso
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