TRADUZINDO VALONGO: A TRADUÇÃO DA PROPOSTA DE INSCRIÇÃO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO CAIS DO VALONGO NA LISTA DO PATRIMÔNIO MUNDIAL DA UNESCO
AUTOR(ES)
Atkinson, Rebecca
FONTE
Cad. Trad.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
Resumo Este texto busca analisar a tradução de um trecho do dossiê de candidatura do Sítio Arqueológico Cais do Valongo a Patrimônio Mundial da UNESCO pela lente da Linguística Sistêmico-Funcional. O cais, descoberto em 2011 durante os trabalhos de reurbanização no centro do Rio de Janeiro, foi construída em 1811 para o desembarque dos africanos escravizados no país. A análise enfoca um trecho do dossiê que descreve a chegada e o processamento dos africanos recém-chegados no Rio de Janeiro e as traduções para o inglês produzidas por alunos de tradução. Partes do texto em que as traduções dos alunos divergem do original são analisadas, trazendo à tona aspectos marcantes do texto, como a utilização de nominalizações e de construções verbais passivas, induzindo um efeito de apagamento dos atores históricos e distanciamento dos autores dos acontecimentos que narram. Alterações sutis identificadas em algumas das traduções, como a troca de construções passivas por verbos na voz ativa, ou vice-versa, revelam a agência ou interferência do tradutor na representação do texto de origem.
Documentos Relacionados
- Cais do Valongo: patrimonialização de locais, objetos e herança africana
- Revitalização urbana, patrimônio e memórias no Rio de Janeiro: usos e apropriações do Cais do Valongo
- Em busca do Cais do Valongo, Rio de Janeiro, século XIX
- Por onde os africanos chegaram: o Cais do Valongo e a institucionalização da memória do tráfico negreiro na região portuária do Rio de Janeiro
- Eliana Alves Cruz - O crime do Cais do Valongo. Rio de Janeiro: Malê, 2018