Toxicidade subaguda do extrato etanólico das folhas de Myracrodruon urundeuva sobre o ciclo estral de ratas Wistar
AUTOR(ES)
OLIVEIRA, J.M.G., PEREIRA, L.J.C., MOURA, E.R., SOUSA, M.R.S.C., SALES, P.A.B., SILVA, S.M.M.S., LIRA, S.R.S., COSTA, A.P.R.
FONTE
Rev. bras. plantas med.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-06
RESUMO
RESUMO A fitoterapia, abrangendo o uso popular e empírico de plantas medicinais no combate e prevenção de doenças, deve ser aliada a estudos científicos que comprovem a eficácia e segurança desses compostos. No Brasil, a ampla biodiversidade vegetal da região nordeste favorece o uso e estudo de plantas com potenciais terapêuticos. A Aroeira do Sertão (Myracrodruon urundeuva Allem.) é uma espécie pertencente à família Anacardiaceae, comum no semiárido, desde o Piauí até Minas Gerais. Seu uso é diverso e disseminado por todo o País, sendo indispensáveis estudos de suas potencialidades e riscos. Devido à ampla utilização da Myracrodruon Urundeuva de forma empírica, este trabalho tem por objetivo a pesquisa de efeitos tóxicos com doses repetidas do extrato etanólico de Myracrodruon urundeuva Allem. (EEMU) e sua influência no ciclo estral de ratas Wistar. No protocolo de toxicidade subaguda foram utilizadas 25 ratas Wistar, divididas em 5 grupos (n=5), tratadas com diferentes doses do EEMU (125, 250, 500 e 1000 mg/kg) e água destilada (controle) por um período de 28 dias. Nesse período foram realizadas mensurações do consumo de água e ração e avaliação comportamental. Esses animais foram avaliados diariamente quanto a fase do ciclo estral, por meio de esfregaço vaginal a fresco, sendo observada a frequência de cada fase bem como o intervalo interestro. As ratas foram anestesiadas e o sangue foi coletado para a realização dos ensaios bioquímicos. Em seguida, foram eutanasiadas para coleta e avaliação dos órgãos internos. Durante o período de avaliação, não foram observadas alterações de comportamento, nem de consumo de água ou ração. A evolução ponderal dos animais não diferiu entre os grupos tratados. A concentração sérica de ALT foi maior nos animais tratados com EEMU 1000 mg/kg. As ratas tratadas com o extrato não apresentaram alterações significativas na frequência das fases do ciclo estral bem como duração do estro e intervalo entre estros, quando comparadas ao grupo controle. Os resultados obtidos neste estudo não apontam alterações tóxicas significativas, sistêmicas ou sobre o ciclo estral, de ratas Wistar tratadas com o extrato, nas doses avaliadas, por um período de 28 dias.
ASSUNTO(S)
myracrodruon urundeuva ciclicidade toxicidade extrato
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