Todos nascemos nus e o resto é drag: performatividade dos corpos construídos em sites de redes sociais
AUTOR(ES)
Henn, Ronaldo
FONTE
Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun.
DATA DE PUBLICAÇÃO
02/12/2019
RESUMO
Resumo O artigo analisa os modos como o programa RuPaul’s Drag Race desdobra-se através de plataformas digitais visando a compreensão das performatizações de self e, em consequência, de gêneros, que são acionadas nesses processos marcados pela convergência e pelo espalhamento mediático. Através de um uso experimental da análise de construção de sentidos em redes digitais, são tecidas inferências sobre os comentários da página oficial do programa e da página criada por fãs brasileiros RuPaula – ambas do Facebook. A primeira parte do texto problematiza noções de performance, self e performatividade do sexo/gênero, intuindo as maneiras como no contexto dos media tais processualidades têm suas potências semióticas intensificadas, podendo romper com quadros (hetero)normativos. Na segunda parte, os materiais analisados permitem visualizar um jogo de performances que fazem pensar em uma pretensa semiodiversidade que é instaurada em redes específicas mobilizadas pelo reality.Abstract The article analyses the ways in which the RuPaul’s Drag Race programme unfolds through digital platforms aimed at understanding the performations of self and, consequently, of genres that are triggered in those processes marked by convergence and spreadable media. Through an experimental use of the analysis of sense construction in digital media, inferences are made about the comments of the official page of the programme and the page created by Brazilian fans RuPaula – both from Facebook. The first part of the text problematizes notions of performance, self and performativity of sex/gender, intuiting the ways in the media context such processualities have their intensified semiotic potential being able to break with (hetero)normative frames. In the second part, the analysed materials allow us to visualize a set of performances that make us think of a pretended semiodiversity that is established in specific networks mobilized by reality show.
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