“Toda nudez, sem amor, será castigada”: o sentido proposto por Nelson Rodrigues a uma de suas peças mais controversas
AUTOR(ES)
Gusmão, Henrique Buarque de
FONTE
Tempo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-08
RESUMO
Resumo: Desde a década em 1940, em suas crônicas jornalísticas, Nelson Rodrigues monta uma consistente arquitetura discursiva que atribui um sentido específico para o teatro, de maneira geral, e para suas peças, em particular. Em diálogo com referências intelectuais do mundo católico de seu tempo (como Jacques Maritain, Gilbert Chesterton, Gilberto Freyre e Gustavo Corção), o dramaturgo produziu uma série de juízos dos quais lançava mão para debater sua obra ficcional. Toda nudez será castigada, montada pela primeira vez em 1965, é uma de suas peças que opera mais diretamente com o projeto estético produzido pelo dramaturgo em suas crônicas. Realizo, neste artigo, uma leitura desta peça em diálogo com as tantas concepções levadas adiante por Nelson Rodrigues nos jornais, trazendo à tona a figura do dramaturgo que se coloca como o primeiro debatedor de suas peças, atuando contundentemente sobre a recepção destas.
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