THE USE OF AUTOLOGOUS BLOOD TRANSFUSION IN DIGESTIVE TRACT SURGERY: A LITERATURE REVIEW

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2023

RESUMO

RESUMO Contexto: O emprego da transfusão sanguínea autóloga nas cirurgias do aparelho digestivo, seja através da coleta de sangue no pré-operatório ou da recuperação de sangue no intraoperatório, é uma alternativa ao sangue alogênico, que traz consigo determinados riscos e a escassez, pela falta de doadores. Estudos têm demonstrado menor mortalidade e maior sobrevida associadas ao sangue autólogo, no entanto a possibilidade teórica de propagação de doença metastática ainda é um dos fatores limitantes do seu uso. Objetivo: Avaliar a aplicação da transfusão autóloga em cirurgias do aparelho digestivo, observando os benefícios, prejuízos e efeitos sobre a propagação de doenças metastáticas. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura disponível nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e SciELO, através da busca por “Autologous Blood Transfusion AND Gastrointestinal Surgical Procedures”. Foram incluídos estudos observacionais e experimentais e guidelines publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas português, inglês ou espanhol. Resultados: Nem todos os pacientes beneficiam-se da coleta de sangue antes de procedimentos eletivos, sendo o tempo de cirurgia e os níveis de hemoglobina alguns dos fatores que podem indicar a necessidade do armazenamento pré-operatório. Em relação ao sangue recuperado no intraoperatório, observou-se que não há maior risco de recorrência de tumores, mas destaca-se a importância do uso de filtros leucocitários e irradiação sanguínea. Não houve consenso entre os estudos se há uma manutenção ou redução das taxas de complicação, em comparação com o sangue alogênico. O custo relacionado ao uso de sangue autólogo pode ser maior, além de os critérios de seleção menos rigorosos impedirem que seja adicionado ao pool geral de doações. Conclusão: Não houve respostas objetivas e concordantes entre os estudos, mas os fortes indícios da menor recorrência de tumores digestivos, a possibilidade de alterações na morbimortalidade e a redução dos custos com os pacientes sugerem que a prática da transfusão sanguínea autóloga seja fomentada nas cirurgias do aparelho digestivo. É necessário observar se os efeitos deletérios se destacariam em meio aos possíveis benefícios ao paciente e aos sistemas de saúde.

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