The self efficacy teaching in higher education / A auto-eficacia docente no ensino superior

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente estudo contemplou, como objetivo geral, investigar as crenças de auto-eficácia docente no ensino superior e, como objetivos específicos, identificar: a) as crenças de autoeficácia docente no ensino superior em termos de intencionalidade da ação docente e manejo de classe; b) as relações das crenças de auto-eficácia com as variáveis pessoais, da atividade docente e de contexto; c) as fontes de auto-eficácia docente no ensino superior; d) as relações das fontes de auto-eficácia com as variáveis pessoais, da atividade docente e de contexto; e) as relações entre as crenças de auto-eficácia e as fontes de auto-eficácia. Este estudo contou com uma amostra que corresponde a 457 docentes, sendo 57,3% do sexo feminino e 42,7% do sexo masculino, que atuam em diferentes instituições de ensino superior brasileiras, tanto públicas como privadas. Os dados foram coletados via web, fazendo-se uso de um questionário e duas escalas do tipo likert. A análise dos dados permitiram evidenciar que os docentes da amostra apresentam crenças de auto-eficácia no ensino com tendências altas , tanto na subescala de intencionalidade da ação docente , como na subescala de manejo de classe. Em termos de relações das crenças de auto-eficácia com as variáveis pessoais, da atividade docente e de contexto, os resultados obtidos apontaram diferenças significativas em termos de nível de formação, tempo de atuação no ensino superior, jornada de trabalho, percepção de preparo como docente, nível de satisfação com o trabalho docente, avaliação da infra-estrutura, apoio, tanto do corpo administrativo como dos colegas, e liberdade de expressar idéias. Também foi possível identificar baixa correlação positiva entre o tempo de atuação no ensino superior e satisfação como docente e as pontuações na escala de auto-eficácia docente, bem como baixa correlação positiva e significativa entre a jornada de trabalho semanal, a escala de auto-eficácia e o fator de intencionalidade da ação docente. Em termos de fontes de informação de autoeficácia, os participantes indicaram maior nível de influência de experiências diretas, como fonte de informação de auto-eficácia, seguida de persuasão social, experiências vicárias e estados fisiológicos e emocionais. As avaliações dos docentes, em relação ao apoio administrativo, liberdade de expressar idéias e apoio dos colegas, apresentaram correlação negativa e significativa com a fonte de estados fisiológicos e emocionais e correlação positiva com a fonte de experiências vicárias. A análise das relações entre auto-eficácia docente e as fontes de autoeficácia indicou que existe baixa correlação positiva e significativa entre a pontuação média na escala de auto-eficácia docente, e suas subescalas, e as fontes de auto-eficácia, com exceção da fonte de estados fisiológicos e emocionais. Compreender o papel das crenças de autoeficácia dos professores e como elas podem ser construídas/evoluem é importante para gestores prepararem suas equipes e fornecerem apoio, de modo que auxiliem os docentes a enfrentarem os diversos obstáculos encontrados neste domínio de ensino, a persistirem na profissão, além dos reflexos para a aprendizagem e motivação do aluno

ASSUNTO(S)

teacher education formação de professores higher education educational psychology self efficacy psicologia educacional auto-eficacia ensino superior

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