The engraving as comunication media: DJ Oliveiras criation / A gravura como meio de comunicação: processo de criação de DJ Oliveira

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Desenvolve-se, nesta tese, um estudo sobre o processo de criação da gravura de DJ Oliveira (Dirso José de Oliveira, natural de Bragança Paulista, SP, 1932-2005), em uma abordagem da Crítica Genética de base Semiótica. Pintor, muralista e gravador teve a sua formação artística com o Grupo Santa Helena, de São Paulo. Muda-se para Goiânia-GO, em 1959, e se torna um dos fundadores do movimento modernista e da gravura. A partir da abordagem, busca-se compreender como e de que forma o gesto de desenhar do artista se configura em obra, como se move, materializa-se, insere-se em outros movimentos que envolvem a criação e como se entrecruza no fazer, segundo as técnicas e materiais que usa. Para o debate sobre as questões culturais, estabelece-se um diálogo com o pensamento da complexidade, desenvolvido por Edgar Morin, mediado na semiótica por Vincent Colapietro, ao discutir em Peirce as relações entre sujeito e semiótica e as implicações de não se considerar a subjetividade, nesse processo, uma vez que a semiótica revela sujeitos não apenas como usuários de signos, mas também como processos e produtos de semiose, porque, segundo esse pensamento, o sujeito tanto pode ser resultado como transformador e agente da experiência sígnica. Na análise, enfatiza-se o processo de comunicação, cujo desenvolvimento, na arte, ocorre em dois momentos: durante o fazer e quando a obra está concluída. No primeiro momento, o fazer dá-se de modo intrapessoal, segundo a dinâmica dos signos, durante a criação, e de várias maneiras, ao orientar-se pelos desenhos, ao seguir seus passos, bem como pelas trocas que o artista realiza em seu contexto histórico, técnico, artístico, material e na cultura para fazer a obra. No segundo momento, dá-se ainda de modo interpessoal, mediante o contato da obra com o público. Em DJ Oliveira, a comunicação torna-se ampliada, graças a fatores tais como a opção pela gravura (que, na sua multiplicidade, possibilita o acesso a um público amplo), a produção de murais (que, expostos nas praças e espaços públicos das cidades, facilita o acesso à obra) e a força da expressividade como meio de envolvimento dos espectadores. Para isso, trata-se também das relações de D J Oliveira com seus espaços da criação a cidade e seus ateliês

ASSUNTO(S)

gravura engraving semiotica e as artes oliveira, d. j. 1932-2005 artes processo de criação creation process artes arts

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