The architecture : health intersection / A intercessão arquitetura e saude : quando o problema e a falta de espaço na unidade de saude, qual e o espaço que falta?

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Este trabalho investiga a intercessão arquitetura e saúde destacando alguns modos como vem ocorrendo a produção do espaço físico nas instituições de saúde. Inicia com uma breve revisão da arquitetura e urbanismo, realçando dois movimentos importantes que influenciaram a formação dos arquitetos nas ultimas décadas, o Movimento Modernista e o Movimento Situacionista, trazendo de forma sucinta como esses movimentos tangenciaram a temática da saúde. Faz uma síntese dos discursos e tendências de alguns autores brasileiros sobre o tema da arquitetura e saúde no Brasil, destacando que determinados modos de tratar e compreender a produção do espaço físico na saúde, assim como seus arranjos, possibilita dar visibilidade à relação desses pensamentos a própria compreensão do processo saúde-doença e aos modos de administração e gestão de que mais se aproximam. Descreve o processo de constituição das normas que regulamentam os Estabelecimentos de Assistência à Saúde, fazendo uma análise sobre os riscos do engessamento e da burocratização que as normas podem gerar e também aponta possibilidades para se lidar com a perspectiva restritiva e normativa da Vigilância Sanitária para além do "agir segundo regras". Relata a discussão do espaço físico numa política pública de saúde específica, a Política Nacional de Humanização no Ministério da Saúde, com uma nova proposta de conceito para a "ambiência" na saúde e modo de co-produção do espaço, com inclusão dos sujeitos trabalhadores, gestores e usuários no processo. Discute possibilidades para um método de co-produção do espaço e suas variações como potência e dispositivo que pode contribuir nas mudanças proposta para a gestão e atenção nas instituições de saúde, usando como material para problematização algumas cenas que são contadas inspiradas em memórias de vivências cotidianas. Conclui apontando alguns desafios e possibilidades para estudos futuros apostando na potência da composição dos saberes na intercessão arquitetura e saúde para a produção do espaço físico na saúde, e na inseparabilidade entre a produção do espaço, a produção de saúde e a produção de subjetividade. Na produção de um espaço que não é dado, estático, morto. E sim, um espaço que se habita, se experimenta e que se produz, onde tem processo de trabalho, encontros entre as pessoas e modos de se viver e conviver nesse espaço.

ASSUNTO(S)

humanismo humanism arquitetura health facility environment health architecture saude ambiente de instituições de saude

Documentos Relacionados