Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes: segurança e confiabilidade em pacientes idosos na alta da unidade de terapia intensiva

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ter. intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/03/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar a segurança e as propriedades clinimétricas do Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes em pacientes mais velhos internados em unidade de terapia intensiva. Métodos: A segurança do teste foi avaliada segundo a incidência de eventos adversos e pela análise dos dados hemodinâmicos e respiratórios. Além disto, a confiabilidade de suas propriedades foi investigada por meio de avaliação de coeficientes de correlação intraclasses, mensuração do erro padrão da média, porcentagem de alteração do erro padrão da média, gráficos de Altman-Bland e de concordância-sobrevivência. Resultados: A adequabilidade do Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes foi identificada como baixa, já que apenas 29,8% dos potenciais participantes cumpriam os critérios de inclusão. Apenas 44% dos pacientes hospitalizados que cumpriam os critérios de inclusão realizaram o teste, sem necessidade de cessação para qualquer dos pacientes. A frequência cardíaca (79,7 ± 10,2bpm/86,6 ± 9,7bpm; p = 0,001) e a pressão arterial sistólica (118 ± 21,4mmHg/129 ± 21,5mmHg; p = 0,031) foram as únicas variáveis com aumento estatisticamente significante, sem evidência de resposta exacerbada ao teste. Além disto, não se relataram eventos adversos, e a confiabilidade tanto entre teste e reteste quanto entre avaliadores foi elevada (coeficiente de correlação entre classes ≥ 0,99). Conclusão: O Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes se comprovou seguro e com excelente confiabilidade. Seu uso clínico no ambiente hospitalar, contudo, pode ser restrito a pacientes adultos mais velhos com elevada funcionalidade.ABSTRACT Objective: Assess the Five Times Sit-to-Stand Test safety and clinimetric properties in older patients hospitalized in an intensive care unit. Methods: Test safety was assessed according to the incidence of adverse events and through hemodynamic and respiratory data. Additionally, reliability properties were investigated using the intraclass correlation coefficients, standard error of measurement, standard error percentage change, Altman-Bland plot and a survival agreement plot. Results: The overall suitability of the Five Times Sit-to-Stand Test was found to be low, with 29.8% meeting the inclusion criteria. Only 44% of the hospitalized patients who met the inclusion criteria performed the test, with no need for discontinuation in any patient. Heart rate (79.7 ± 10.2bpm/86.6 ± 9.7bpm; p = 0.001) and systolic blood pressure (118 ± 21.4mmHg/129 ± 21.5mmHg; p = 0.031) were the only variables that presented a significant statistical increase, with no evidence of exacerbated response to the test. Additionally, no adverse events were reported from participating and both test-retest and interrater reliability were high (intraclass correlation coefficient ≥ 0.99). Conclusion: The Five Times Sit-to-Stand Test was proven to be safe and to have excellent reliability. Its clinical use, however, may be restricted to high-functioning older adults in hospital settings.

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