TERAPIA ORAL VERSUS INTRAVENOSA PARA RECAÍDAS DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA: UMA METANÁLISE ATUALIZADA DE SEIS ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
AUTOR(ES)
Luo, Wenjing, Han, Min, Wei, Chunying, Liu, Bo, Du, Yi
FONTE
MedicalExpress (São Paulo, online)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
PROPÓSITO: Avaliar de forma sistemática se esteroides orais podem ser utilizados com a mesma eficácia e segurança em comparação com o regime intravenoso para o tratamento de recaídas da esclerose múltipla (MS). MÉTODO: Foram pesquisados Medline, Embase e Cochrane Library e sistematicamente revistos artigos comparando resultados de esteroides orais versus intravenosos para recaídas agudas em pacientes com diagnóstico de esclerose múltipla clinicamente definida. RESULTADOS: Seis artigos com 414 participantes no total foram analisados. Cinco dos estudos incluídos relataram a proporção de doentes com melhoria através de "Expanded Disability Status Scale" depois de receber um ou outro tratamento: metilprednisolona oral ou intravenosa por quatro semanas. Os resultados combinados mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa (OR 0,96; 95% 101 0,60, 1,54 ; p = 0,86). Três estudos mostraram os resultados detalhados de eventos adversos, indicando que os dois tratamentos parecem ser igualmente seguros. Dois ensaios revelaram que não havia nenhuma diferença significativa no aumento de atividade de gadolínio via imagens por ressonância magnética. Um estudo mostrou que a área média sob as curvas de concentração-tempo (AUC) às 24 horas e 48 horas não diferiram entre os grupos. CONCLUSÃO: Não foram encontradas diferenças significativas em termos de clínicos (benefícios e eventos adversos) ou nos resultados radiológicos e farmacológicos em pacientes pós-esteroides por via oral ou intravenosa no tratamento de várias recaídas de esclerose. Nossa metanálise fornece evidências de que a terapia com esteroides por via oral não é inferior à terapia com esteroides por via intravenosa. Assim, a administração oral pode ser um substituto favorável para medicação intravenosa de recidivas da esclerose múltipla.
ASSUNTO(S)
esclerose múltipla recaídas metilprednisolona metanálise
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