Teoria e clínica psicanalítica da psicose em Freud e Lacan
AUTOR(ES)
Santos, Tania Coelho dos, Oliveira, Flávia Lana Garcia de
FONTE
Psicologia em Estudo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-03
RESUMO
Vamos demonstrar que o tema da psicose é tratado por Freud, tanto clínica quanto teoricamente, com base em sua prática com as neuroses - tendo como pilar conceitual o mecanismo do recalque (Verdrängung). A segunda tópica do funcionamento mental e os desdobramentos da teoria do narcisismo permitem um passo adiante na concepção freudiana da psicose. A diferença estrutural determinante entre as psicoses e as neuroses de transferência é formalizada por Freud em 1924. O paradigma do recalque e suas modalidades de defesa são finalmente abandonados como modelo elucidativo dos fenômenos psicóticos. Seu mecanismo específico será redefinido como rejeição (Verwerfung). Lacan nomeia esse mecanismo como foraclusão do Nome-do-Pai, cuja falta explica a ausência do sujeito da enunciação. Na ausência deste mediador simbólico, a diferença sexual não se ordena sob a rubrica da lógica fálica e do complexo de castração.
ASSUNTO(S)
Documentos Relacionados
- O Legado Estruturalista em Lacan: Clínica e Diagnóstico da Psicose
- A intuição clínica de Sigmund Freud no campo da psicose
- Ética e clínica na atenção psicossocial: contribuições da psicanálise de Freud e Lacan
- Impasses e dificuldades nas formulações freudianas inaugurais sobre a psicose: uma abordagem retroativa de Lacan a Freud
- The Theory of Drives in Freud and Lacan: Points of Convergence and Divergence